Foi sobretudo um protesto simbólico mas, num momento em que a clique ministerial, apoiada nos seus acólitos das direcções regionais e nos "funcionários" de uma parte dos conselhos executivos das escolas, tudo tem feito para vergar os professores, através da ameaça e da chantagem, serviu para mostrar que a chama da indignação dos docentes, longe de se apagar, continua acesa e, se a intransigência monolítica da pedreira da 5 de Outubro se mantiver, irá alastrar até ao fim do ano, com sérias consequências para a estabilidade das escolas mas também, a cinco meses das eleições, para as contas eleitorais do P"S".
Com a ministra mais impopular do governo a fazer voto de clausura, para não baixar mais o resultado do partido nas sondagens, é o secretário Pedreira a mandar as costumeiras calhoadas, acusando os sindicatos de "inflexibilidade" e "hipocrisia" e, num curioso exemplo de inflexibilidade, garantir que o Ministério não cederá mais.
Perante este cenário, antevendo o perigo de virem a perder alguns tachos, digo, lugares no parlamento, o rebanho parlamentar do P"S" admite [agora] que algumas medidas de política educativa do Governo "não correram muito bem". É caso para lhes perguntar o que andaram a fazer durante quatro anos para só agora terem chegado a essa conclusão?!…
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