Portugal desceu duas posições no índice de competitividade tecnológica, passando da 28.ª para a 30.ª posição mas, ainda que nos possamos consolar com o facto de estarmos melhor posicionados que os nossos parceiros mediterânicos — Espanha, Itália e Grécia — a verdade é que estamos muito longe de entrar no top ten onde, como é habitual em questões de desenvolvimento, não falta nenhum dos países nórdicos.
No entanto, o lado mais paradoxal e preocupante da notícia é Portugal, apesar de ocupar o 4.º lugar dos países em que as TIC têm uma maior preponderância na visão do futuro dos respectivos governos, simultâneamente, não conseguir melhor que a 73.ª posição da qualidade do sistema de ensino e a 97.ª na qualidade do ensino da matemática.
Perante tais evidências, temos forçosamente de concluir que, enquanto se persistir numa política de ensino que privilegia o sucesso estatístico em detrimento da exigência, do rigor e da qualidade, de pouco o nada valerão o choque tecnológico, as TIC, o Magalhães, salvo para meia dúzia de empresas beneficiárias dos projectos. Quanto à maioria dos utilizadores, continuará a usar estas ferramentas como se de brinquedos se tratasse. E a verdade é que a brincar não vamos lá!
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