Pronto. Lá ficámos a saber, numa "entrevista" feita à sua medida, que o senhor primeiro-ministro, afinal, é licenciado em engenharia civil por aquela universidade que o seu governo mandou encerrar por "degradação pedagógica".
O que, provavelmente, nunca saberemos é por que é que, das cinco cadeiras que fez na Uni, quatro foram feitas com o mesmo professor, cuja nomeação como assessor no governo de Guterres viria mais tarde a assinar, ou ainda, como é que as classificações de quatro das cadeiras feitas foram lançadas no mesmo dia, em Agosto!…
Mas, para o senhor primeiro-ministro, "um aluno não é responsável pelo funcionamento de uma universidade".
Pois… Apesar das trapalhadas, irregularidades, relações duvidosas, para um aluno, o importante é concluir o seu curso. Mesmo que se tratasse de José Sócrates, futuro ministro e primeiro-ministro, e portanto, responsável pelo funcionamento de todas as universidades!
Enfim, num país onde tanto valor se dá aos penduricalhos académicos, Sócrates admitiu que, afinal, não é engenheiro, mas provou que é doutor. Uma coisa bem mais importante ficou, no entanto, por esclarecer, como pediu Louçã: se favoreceu ou foi favorecido pela Independente. Mas isso nem a melhor das entrevistas alguma vez esclarecerá. Só uma séria investigação, que nunca será levada a cabo.
Num país com um Estado minado por interesses clientelares, as palavras dos governantes valem cada vez menos! Razão temos nós para estar de pé atrás, cada vez mais!…
quinta-feira, abril 12, 2007
segunda-feira, abril 09, 2007
Iraque: 4 anos de ocupação e de resistência
Tens of thousands of protesters loyal to the militant Shiite cleric Moktada al-Sadr took to the streets of the holy city of Najaf on Monday in an extraordinarily disciplined rally to demand an end to the American military presence in Iraq, burning American flags and chanting “Death to America.” [NY Times]
Longe vão os tempos em que os americanos sonhavam ser recebidos em festa pelos iraquianos, em sinal de agradecimento pela sua libertação.
Hoje, quatro anos após a invasão ilegal e criminosa do Iraque, que provocou o genocídio de centenas de milhares dos seus habitantes e permitiu a pilhagem dos seus recursos naturais, os iraquianos exigem a retirada dos invasores e, no calor da revolta, queimam a "stars & stripes" e gritam "Morte à América".
Pode parecer excessivo mas, depois de todo o mal que lhe têm feito, é compreensível.
E não esqueçamos quem foi o verdadeiro culpado de tudo isto: GW Bush, um criminoso de guerra que, infelizmente, ficará impune.
Longe vão os tempos em que os americanos sonhavam ser recebidos em festa pelos iraquianos, em sinal de agradecimento pela sua libertação.
Hoje, quatro anos após a invasão ilegal e criminosa do Iraque, que provocou o genocídio de centenas de milhares dos seus habitantes e permitiu a pilhagem dos seus recursos naturais, os iraquianos exigem a retirada dos invasores e, no calor da revolta, queimam a "stars & stripes" e gritam "Morte à América".
Pode parecer excessivo mas, depois de todo o mal que lhe têm feito, é compreensível.
E não esqueçamos quem foi o verdadeiro culpado de tudo isto: GW Bush, um criminoso de guerra que, infelizmente, ficará impune.
domingo, abril 08, 2007
Problemas
1.
O problema não é um primeiro-ministro não ser engenheiro ou licenciado no que quer que seja.
O problema é fazer-se passar por tal, como todas as notícias até agora publicadas levam a supor.
Se isso for efectivamente verdade, depois do rigor e seriedade que exige aos outros, parece que só restará mesmo a José Sócrates fazer duas coisas: pedir desculpas e apresentar a demissão.
2.
A nomeação de alguém devidamente qualificado e da confiança política do Governo para o conselho de administração de uma empresa pública não é um problema nem deve constituir motivo de polémica.
Problema, que pode atingir foros de escândalo, é quando essa nomeação recai em comissários políticos sem a adequada experiência profissional, cuja habilitação académica, ainda por cima, poderá ter sido obtida de forma, no mínimo, pouco transparente, como parece ser o caso de Armando Vara.
Estamos ainda longe — ou talvez não… — de perceber os verdadeiros contornos da dependência da Universidade (In)dependente!…
O problema não é um primeiro-ministro não ser engenheiro ou licenciado no que quer que seja.
O problema é fazer-se passar por tal, como todas as notícias até agora publicadas levam a supor.
Se isso for efectivamente verdade, depois do rigor e seriedade que exige aos outros, parece que só restará mesmo a José Sócrates fazer duas coisas: pedir desculpas e apresentar a demissão.
2.
A nomeação de alguém devidamente qualificado e da confiança política do Governo para o conselho de administração de uma empresa pública não é um problema nem deve constituir motivo de polémica.
Problema, que pode atingir foros de escândalo, é quando essa nomeação recai em comissários políticos sem a adequada experiência profissional, cuja habilitação académica, ainda por cima, poderá ter sido obtida de forma, no mínimo, pouco transparente, como parece ser o caso de Armando Vara.
Estamos ainda longe — ou talvez não… — de perceber os verdadeiros contornos da dependência da Universidade (In)dependente!…
segunda-feira, abril 02, 2007
Etanol, crime contra a Humanidade
O Diabo recusa-se a regular a emissão de gases com efeito de estufa mas agora, que lhe resta cada vez menos petróleo na sua terra e o controlo do petróleo dos outros é-lhe cada vez mais difícil, mascarou-se de pseudo-ambientalista e decidiu virar-se para o negócio do etanol.
Etanol que não será a solução para combater o dramático e urgente problema do aquecimento global e cuja produção agravará a já precária subsistência alimentar de milhões de seres humanos.
Razão tem o velho Comandante quando considera sinistra e trágica a ideia de transformar alimentos em combustíveis, e adverte que, se se der financiamentos para os países pobres produzirem etanol a partir do milho ou qualquer tipo de alimento, não sobrará uma árvore para defender a humanidade da mudança climática.
Mas, de um genocida como Bush, que outra coisa podemos esperar senão crimes contra a Humanidade?
Etanol que não será a solução para combater o dramático e urgente problema do aquecimento global e cuja produção agravará a já precária subsistência alimentar de milhões de seres humanos.
Razão tem o velho Comandante quando considera sinistra e trágica a ideia de transformar alimentos em combustíveis, e adverte que, se se der financiamentos para os países pobres produzirem etanol a partir do milho ou qualquer tipo de alimento, não sobrará uma árvore para defender a humanidade da mudança climática.
Mas, de um genocida como Bush, que outra coisa podemos esperar senão crimes contra a Humanidade?
Diplomacia ou "nova" guerra preventiva?
Depois dos crimes em que recentemente envolveu a Inglaterra — invasão ilegal e genocida de um país, que causou a morte de centenas de milhares de civis, com o objectivo de garantir a continuação do saque do seu petróleo pelas companhias ocidentais — agora, que 15 marinheiros ingleses tiveram o azar de ser feitos prisioneiros por terem entrado indevidamente em águas territoriais do Irão, não ficaria mal a Blair assumir a responsabilidade pelo erro e dele pedir desculpas.
Mas será que vai ser capaz de o fazer?
Ou será que isto irá ser um pretexto para justificar mais uma miserável guerra preventiva do pistoleiro Bush a um país que, como o Iraque de Saddam, não está disposto a vender-lhe petróleo e, ainda por cima, prefere o euro ao dólar?
Aguardemos, pois…
Mas será que vai ser capaz de o fazer?
Ou será que isto irá ser um pretexto para justificar mais uma miserável guerra preventiva do pistoleiro Bush a um país que, como o Iraque de Saddam, não está disposto a vender-lhe petróleo e, ainda por cima, prefere o euro ao dólar?
Aguardemos, pois…
domingo, abril 01, 2007
O canudo de Sócrates
Mais importante do que as habilitações académicas do primeiro-ministro, que estão a ser um dos temas mais apetecidos da blogosfera e da comunicação social, é a forma obsessivamente economicista (e tendenciosa) como José Sócrates tem governado o país, com consequências preocupantes no fraco crescimento da economia e no agravamento das condições de vida da maioria da população.
Mas, quando o governo tanto tem insistido em reformar o nosso sistema educativo (diga-se, de passagem, de forma prepotente e sem cuidar de gerar os desejáveis consensos) e elevar o nível de escolaridade dos trabalhadores portugueses, não é um bom exemplo para os estudantes e para todos aqueles que, nas mais diversas situações escolares e profissionais, têm de ser devidamente avaliados, a forma, no mínimo, duvidosa, pouco transparente e pouco credível — talvez mesmo pouco séria — como o actual primeiro-ministro de Portugal terá conseguido o diploma da sua licenciatura em Engenharia Civil (como se pode ler aqui e aqui).
Se o exemplo colhe e a moda pega, o que passa a interessar é a obtenção dum canudo. Qualquer que ele seja. A qualificação será apenas um pretexto…
Mas, quando o governo tanto tem insistido em reformar o nosso sistema educativo (diga-se, de passagem, de forma prepotente e sem cuidar de gerar os desejáveis consensos) e elevar o nível de escolaridade dos trabalhadores portugueses, não é um bom exemplo para os estudantes e para todos aqueles que, nas mais diversas situações escolares e profissionais, têm de ser devidamente avaliados, a forma, no mínimo, duvidosa, pouco transparente e pouco credível — talvez mesmo pouco séria — como o actual primeiro-ministro de Portugal terá conseguido o diploma da sua licenciatura em Engenharia Civil (como se pode ler aqui e aqui).
Se o exemplo colhe e a moda pega, o que passa a interessar é a obtenção dum canudo. Qualquer que ele seja. A qualificação será apenas um pretexto…
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