Não foram os EUA que, durante a Guerra do Afeganistão (1979-1989), armaram e treinaram grupos guerrilheiros islâmicos anti-soviéticos, os mujahidin (que estiveram na origem dos Talibãs) ou grupos terroristas (como a Maktab al Khidmat, que se tornaria a rede Al’Kaida), mergulhando o Afeganistão numa guerra civil que devastou o país?
Não foram os EUA que apoiaram a subida de Saddam Hussein ao poder em 1979 e empurraram o Iraque contra o Irão numa guerra de oito anos (1980-1988) onde as armas norte-americanas transformaram o Iraque numa potência local, ao mesmo tempo que vendiam secretamente armas ao Irão, de onde conseguiam dinheiro sujo para financiar os "contras" na Nicarágua?
Assim sendo, as invasões do Afeganistão e do Iraque tiveram alguma coisa a ver com a propagandeada luta contra o terrorismo e a democratização daqueles países — cujas trágicas consequências estão à vista de todos — ou antes, com os interesses geo-estratégicos dos EUA e o insaciável apetite das suas corporações?
E já agora, partindo do pressuposto que a NATO — criada na ressaca 2.ª GM, ao que parece para defender o "Ocidente" da ameaça do Pacto de Varsóvia — ainda é a Organização do Tratado do Atlântico Norte, porque que é que esta organização tem de participar nos ataques "preventivos" do império americano, no Médio Oriente, em África ou onde lhe dá na real gana?
(Esperem… só se a NATO não passa de um instrumento da política militar dos EUA! Ou então, a geografia já não é o que era e o Médio Oriente, a África ou qualquer sítio invadido pelos americanos, são banhados pelo Atlântico Norte!)
Concluindo…
Quem invadiu, bombardeou, destruiu e chacinou, mesmo se, nalguns casos, com o vergonhoso beneplácito da ONU, não tem qualquer direito de envolver terceiros!
Quem criou os problemas — e que problemas! — que os resolva.
Comecem por regressar a casa, de onde não deviam ter saído. Depois, faltará apenas, à semelhança de Milosevic ou de Saddam, serem julgados pelos hediondos crimes de guerra que cometeram. Mas isso não será possível. Enquanto forem donos do mundo.
Não foram os EUA que apoiaram a subida de Saddam Hussein ao poder em 1979 e empurraram o Iraque contra o Irão numa guerra de oito anos (1980-1988) onde as armas norte-americanas transformaram o Iraque numa potência local, ao mesmo tempo que vendiam secretamente armas ao Irão, de onde conseguiam dinheiro sujo para financiar os "contras" na Nicarágua?
Assim sendo, as invasões do Afeganistão e do Iraque tiveram alguma coisa a ver com a propagandeada luta contra o terrorismo e a democratização daqueles países — cujas trágicas consequências estão à vista de todos — ou antes, com os interesses geo-estratégicos dos EUA e o insaciável apetite das suas corporações?
E já agora, partindo do pressuposto que a NATO — criada na ressaca 2.ª GM, ao que parece para defender o "Ocidente" da ameaça do Pacto de Varsóvia — ainda é a Organização do Tratado do Atlântico Norte, porque que é que esta organização tem de participar nos ataques "preventivos" do império americano, no Médio Oriente, em África ou onde lhe dá na real gana?
(Esperem… só se a NATO não passa de um instrumento da política militar dos EUA! Ou então, a geografia já não é o que era e o Médio Oriente, a África ou qualquer sítio invadido pelos americanos, são banhados pelo Atlântico Norte!)
Concluindo…
Quem invadiu, bombardeou, destruiu e chacinou, mesmo se, nalguns casos, com o vergonhoso beneplácito da ONU, não tem qualquer direito de envolver terceiros!
Quem criou os problemas — e que problemas! — que os resolva.
Comecem por regressar a casa, de onde não deviam ter saído. Depois, faltará apenas, à semelhança de Milosevic ou de Saddam, serem julgados pelos hediondos crimes de guerra que cometeram. Mas isso não será possível. Enquanto forem donos do mundo.