quarta-feira, março 23, 2011

P"SD" e P"S", a mesma política

Acabado aquilo que era para ter sido um debate parlamentar sobre as "novas" medidas de austeridade propostas pelo Governo e que outra coisa não foi senão apenas mais um acto de luta cega e irresponsável pela governança, uma importante conclusão foi possível retirar — o P"SD", pela voz seráfica de Manuela Ferreira Leite, desfez as dúvidas que pudessem existir sobre a receita que verdadeiramente defende: "o problema não é das medidas e das políticas adoptadas, se elas são boas ou más… o problema é de "credibilidade" do Governo e do partido que o apoia". Ou seja, com o P"S" ou o P"SD" no poder, teremos, no essencial, a mesma governação, a mesma política, a mesma austeridade. E um país cada vez mais endividado, pobre, injusto e desigual.
Ainda ontem afirmámos que P"S" e P"SD" são faces da mesma moeda. Extraordinário é que, apenas um dia depois, seja MFL a reconhecê-lo!

terça-feira, março 22, 2011

Faces da mesma moeda

Sabemos, por experiência própria, o que têm sido os PEC's. I, II, e III.  Temos sentido na pele e na carne os seus efeitos dilacerantes. E só quem anda completamente distraído não saberá que eles foram aprovados pelo P"S" com a conivência do P"SD". Assim como o Orçamento de 2011, apadrinhado  também pelo douto economista Cavaco Silva, orçamento que, era sabido, iria inevitavelmente arrastar a economia portuguesa para a recessão, aumentando as falências de empresas, diminuindo o investimento, agravando o desemprego, e juntando a tudo isto os cortes dos salários e dos subsídios e o aumento da carga fiscal, tornar a vida da esmagadora maioria da nossa população num verdadeiro inferno. E conduzir a um "novo" PEC que, de novo nada traz, a não ser acrescentar os pensionistas e reformados à imolação em honra do "santo sacrifício" da consolidação orçamental, e ter sido acordado com os donos (do que resta) da União Europeia, sem o conhecimento prévio do país e dos órgãos de soberania que democraticamente (ainda?) o representam.
Desta vez, Sócrates esticou a corda e pôs-se a jeito do P"SD". Que faz birra e repete que não apoia o PEC IV. Mas não apresenta quaisquer alternativas. Porque não as tem. Quer apenas ir para eleições, para que o poder lhe caia no prato, e fazer o mesmo (ou antes, pior!).
Amanhã, o "novo" PEC vai ser discutido na Assembleia da República. A Esquerda irá defender a sua rejeição, sugerindo dezenas de medidas visando o relançamento da economia e uma justa repartição dos sacrifícios para combater a crise. O Governo  (P"S") e o P"SD", faces da mesma moeda, farão o teatro do costume para defender a mesma receita — quem tem mais dificuldades que pague a crise! Sem eleições ou com eleições. Eles contam com os votos da maioria dos eleitores. Tem sido assim há mais de 30 anos. Infelizmente.

segunda-feira, março 21, 2011

O desafio

"Francisco Louçã desafiou o Governo de Sócrates a ir a eleições e a pedir o voto dos portugueses que vêem as pensões congeladas, os salários diminuídos, os despedimentos mais baratos, a precariedade do emprego e a recessão da economia."
Desafio interesante e absolutamente lógico (igualmente válido para os partidos da direita). Subsiste, no entanto, uma dúvida, no caso de haver eleições: saber se a maioria dos portugueses votará segundo a lógica ou, pelo contrário, continuará a dar tiros nos pés?!…

sábado, março 19, 2011

Ou são estúpidos ou criminosos

[…] esta ideia [de austeridade] não é inteiramente correcta. As reduções de défices gigantes que ocorreram no passado […] foram possíveis apenas numa situação de grande crescimento económico, que é sempre uma altura propícia à redução da dívida.
Um dos problemas que fazem com que, agora, o corte da dívida seja tão severo é que vai levar à redução do crescimento económico. […]. A Europa e os Governos deviam esperar pelo momento certo para reduzir a dívida pública. A economia não é apenas a política certa, é também o tempo certo para aplicar aquela política.
[…] temos de ser inteligentes na escolha das medidas de austeridade. […]os países, individualmente, podem não ter, neste momento, muita escolha devido à leitura que a União Europeia fez da situação e, sobretudo, devido aos mercados financeiros. Estes são muito guiados pelas agências de rating e estas agências, como sabemos, cometeram erros enormes durante a crise de 2008, mas estão agora de volta e muito poderosas.
[…] a melhor maneira de pensar sobre estes problemas reside no debate público e no raciocínio público. Pegando no que falámos antes sobre os planos de austeridade, acho que deveriam ser alvo de um maior debate, em vez de se deixar a discussão apenas nas mãos dos mercados financeiros e dos bancos. A discussão deve estar nas mãos do público. (ler entrevista aqui)
Estas afirmações não são de qualquer "perigoso esquerdista" ou militante anti-capitalista. Foram proferidas pelo prémio Nobel da Economia de 1998, Amartya Sen que, apesar da sua preocupação com o problema do desenvolvimento, não é propriamente adversário da "economia de mercado". Seria bom que os nossos governantes e os dirigentes europeus as entendessem. E percebessem, de uma vez por todas, que os mercados financeiros não se acalmam, controlam-se! Das duas uma: ou são estúpidos ou estão, criminosamente, a fazer o jogo dos banqueiros e dos especuladores!

sexta-feira, março 18, 2011

Afinal não está(va) tudo a correr "bem"?

O Governo vai apresentar um superávite "histórico" de 836 milhões de euros na sua execução orçamental de Fevereiro. Por enquanto trata-se apenas de uma "fuga de informação" do Ministério das Finanças. Seguindo a sua habitual táctica de propaganda, o foguetório do anúncio do "feito" será só na segunda-feira.


Mas será caso para tamanha vanglória?… Com uma redução da despesa pública que ficou abaixo do previsto e, mesmo assim, a dever-se apenas aos cortes nos salários da função pública, nos abonos de família e no subsídio de desemprego?… Com um aumento da receita fiscal, que não resulta do crescimento económico, mas de uma carga fiscal incomportável que destrói a economia, semeia o desemprego e agrava as condições de vida da esmagadora maioria dos portugueses?…
Afinal, se tudo está(va) a correr tão "bem", por quê novas medidas de austeridade?… Por quê um "novo" PEC?… E já nem sequer pergunto por que sacrificar uma vez mais os que mais dificuldades têm?, porque isso é apenas o que este governo "corajoso" sabe fazer e tem feito.

quinta-feira, março 17, 2011

Contra o Acordo Ortográfico!…

CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO!… AINDA É POSSÍVEL TRAVÁ-LO!

São, como nós, CONTRA O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO???…
Se sim, fiquem a saber que EXISTE UMA FORMA DE TRAVAR O ACORDO e que ainda podemos ir a tempo. Tudo é possível.
Só temos de fazer duas coisas: dar uma assinatura, e ESPALHAR PELOS AMIGOS. Quer em papel, quer reencaminhando este texto/ email. Espalhem por todos os que conheçam a ver se ainda vamos a tempo.
Neste site www.PortuguesPt.com têm tudo explicado, e links para o site do movimento.
Leiam o site, é rápido. Ele explica o que fazer. E tem links para o movimento. Está tudo escrito.
E, POR FAVOR, REENCAMINHEM ESTE TEXTO/ EMAIL!!!
Mesmo que não assinem, ao menos REENCAMINHEM O TEXTO/ EMAIL, porque o segundo que perdem com o "forward" poderá ajudar a nossa língua.
A nossa Língua Materna agradece!

Para quem acha que o Acordo Ortográfico é bom, ficam aqui algumas razões que mostram o contrário:

1. Este é apenas o 1º de outros acordos que se seguirão; diz-se até que este foi insignificante e que, se este prosseguir, os outros serão imparáveis. O que virá nos próximos? Se lá se fala "tu quer" (Gaúchos) ou "você quer" acho que iremos um dia falar igual. Entre outras coisas.

2. O "C" de Directo serve para algo. Para os Brasileiros é mudo porque eles acentuam todas as sílabas como os Espanhóis. Nós não, precisamos de ter o "C" para nos dizer que "directo" é lido como "diréto", senão seria como coreto ("corêto"), cloreto ("clorêto"), luneta ("lunêta"), não dizemos "lunéta" nem "cloréto" nem "coréto" não é? Vamos ler "direto" como? "dirêto"? Enfim, o "C" serve para algo cá, no Brasil não, mas cá serve. Ou sem o "P" em Baptismo ficar "bâtismo" como "batida" já que é o "P" que abre a vogal? Será melhor em vez desta regra do "C" e "P" dizermos antes às crianças e estrangeiros que têm de decorar uma lista de centenas de palavras de excepção onde se deve ler "Á" sem ter o "P" ou "C", etc, ou mais fácil ensinar a regra do "P" e "C"?

3. Vai ser bonito falarmos Egipto com o P e lermos Egito sem o P. E como as crianças aprendem o que é Egipto na escola e não em casa (não andamos a falar no Egipto a crianças de 3 ou 4 anos), irão aprender a falá-lo como "Egito" sem "P", mesmo que os pais falem com "P" (eu falo o "P" em Egipto, por acaso). Prova de que a escrita alterará a fonética.

4. Vamos ensinar um Inglês como? Dizer-lhe «olhe, você aqui lê EGITO mas NESTE CASO específico, fale "EGIPTO", finja que existe lá um "P" imaginário, finja que é como o "EGYPT" do seu país, mas escreva só "EGITO", não tente perceber, o Português é assim! E, olhe, há egípcios, egiptólogos, tudo tem P mas no Egipto é EGITO, sem "P"!» — É isto que vamos dizer ao ensinar Português? Obrigá-los a decorar palavras de "excepção à regra"?

5. E que mal tem "pêlo" ter o acento? É mais bonito escrever: "agarrar o cão pelo pelo"?...

6. Não há qualquer desvantagem em em existir Português-PT e Português-BR, como há Inglês diferente em UK e USA (doughnut e donut), como com o Espanhol onde "coche" na Espanha será "carro" na América do Sul, etc. Cá só há desvantagens e custos com o Acordo. Seremos o único ex-colonizador a escrever e falar como a colónia (por algum motivo obscuro). Não nos entendemos assim? Só pouparíamos dinheiro e neurónios.

7. Peçam a um Brasileiro para dizer "Peniche" após pronunciarmos a palavra e verão o que sai de lá ao tentarem-nos imitar. Isto porque o Português-PT tem muito mais riqueza fonética e até linguística que o Português-BR. Aprendemos facilmente o Português-BR e eles não aprendem tão facilmente o Português-PT porque lhes falta essa prática no range maior de sons que a nossa língua contém, havendo até quem diga que somos os melhores a aprender línguas e sotaques no mundo devido à riqueza da nossa língua. Vamos aproximar-nos do Português-BR porquê?

8. Corretora Oanda, que movimenta triliões e é a maior corretora cambial do mundo, traduziu os seus manuais para Português-PT. Isso mesmo, nada de Acordo, nada de Português-BR. Português-PT. Porque vamos nós andar a alterar o Português e mostrar-lhes que afinal fizeram a escolha errada? Entre muitas outras empresas…

9. Querem que os livros escolares de 2012/13 sejam já com o novo acordo. As crianças serão ensinadas neste primeiro passo a lerem e a escreverem de forma diferente. Não é assim opcional a mudança, como nos querem fazer querer. A mudança é obrigatória, é imposta nas escolas, já está nos media, etc. Não podemos escolher continuar como estamos porque daqui a uns anos será mesmo errado. Os Brasileiros cortam "C" e "P" e podem ler da mesma forma, nós não! Esqueçam a dupla grafia...

10. O que é que o povo mandou? Inquéritos em que 65% das pessoas rejeitaram o acordo, 30% não sabem o que é e o resto diz que sim? E que, salvo erro, 28 em 30 universidades e editoras consultadas disseram que não? Além de muitos linguistas? Porque é que é aprovado o acordo contra a vontade do próprio povo? Mesmo uma petição com 120.000 assinaturas foi apresentada a 50 deputados dos quais 49 faltaram e uma apareceu e ignorou. Para ir mesmo à Assembleia, só com uma Iniciativa Legislativa de Cidadãos (ILC)!

11. Os Portugueses devem estar mesmo no fundo! A falar do glorioso povo do passado e ninguém quer saber da língua?!… Os Espanhóis nunca aceitariam um acordo destes para os obrigar a falar como os Argentinos! Os Bascos são apenas uns 100.000 ou 200.000 a falar Basco, nunca desistiram até ao fim e agora têm até a língua Basca como oficial no seu pequeno "país". Só o Português é que deixa andar, desleixa a língua e deixa que outros façam o que querem dela...

12. Estamos nós a defender letras como "C" em "Directo", que realmente não são inúteis, têm a sua função, e lá fora há línguas que mantêm letras desnecessárias, como "Dupond" ou "Dupont", em Francês, que nunca apagaram nem apagarão o T só porque não é lido!! Vamos apaga-las porquê? Somos burrinhos e é difícil percebermos para que servem e por isso cortamo-las?

13. Há mais falantes nativos de Inglês mais Espanhol juntos (Espanhol mais ainda que Inglês), que passam de um bilião de nativos, e mais de 2 biliões de falantes não nativos das mesmas, do que os 200 milhões de Brasileiros. Estarmos a afastar a língua de 2 biliões de pessoas para ficarmos mais próximos do Brasil é disparate. Mais uma vez, para facilitar a vida aos Brasileiros, vamos dificultar a vida a quem quer aprender Português lá fora e tornar a língua inconcisa como visto acima. Vejam: "Actor" aqui, "Actor" no Latim, "Acteur" no Francês, "Actor" no Espanhol, "Actor" no Inglês, "Akteur" no Alemão, tudo com o "C" ou "K", e depois vêm os Brasileiros com o seu novo: "Ator" (devem ser influências dos milhões de Italianos que foram para o Brasil e falam "attore"). Algumas outras: Factor, Reactor, Sector, Protector, Selecção, Exacto, Baptismo, Excepção, Óptimo, Excepto, etc, "P", "C", etc. Estamos a fugir das origens, do mundo, para ir atrás dos Brasileiros. Quanto amor não?

14. Alguém quis saber do resto das colónias que não falam da mesma forma que os Brasileiros? Só ao Brasil é que interessou o Acordo (já que Portugal foi quem cedeu). Tenho amigos Angolanos que dizem falar como no Português-PT e não querem o Português-BR nem o Acordo e nem foram consultados! É só o Brasil o dono da língua?

15. O Galego-Português da Galiza, o da variante da AGLP, é mais parecido com o Português de Portugal neste momento que o próprio Português-BR. Os Brasileiros têm alterado a língua sem se preocupar com o resto do mundo, porque é que temos de ser nós a pagar pelos seus erros e prepotência?

16. ODEIO instalar um software e ver que vem tudo em Português do Acordo; e fóruns, também, em que uma votação é uma "ENQUETE" (sei lá como foram inventar isto?!…), em que um utilizador é um "usuário", em que apagar é "DELETAR" (do "Delete" Inglês, por incrível que pareça nos seus dicionários), ou Printar, ou etc. Por vezes sou obrigado a utilizar "softwares" em inglês para aguentar... Como haverá agora Português-PT e -BR ao gosto de cada um, se só existirá um "Português"? Eu quero sites e softwares que eu entenda e na minha língua e isso SÓ É POSSÍVEL mantendo o -PT e o -BR separados! Senão será tudo misturado para sempre! E depois lá vamos nós "enquetar" (votar) e coisas assim (enquetes = votações)...

17. A prova do ponto 16, é que o próprio Google Translator já só tem o "Português" e tudo o que escreverem ficará no Português-BR. Até "facto", que ainda não mudará, já aparece lá como "fato". É bom que nos habituemos pois será o que virá nos próximos acordos, bem como "oje", "abitação", etc.

18. No Brasil, mesmo não sofrendo as alterações que temos, há milhões contra o acordo também por coisas tão insignificantes como o acabarem com o "trema"!!! Vejam na net!! E nós com alterações tão brutais, ainda estamos contentes e sem fazer nada!!!

19. Existirão sempre pseudo-intelectuais em todas as línguas que irão dar a vida pelo acordo (sem querer ofender ninguém), achando que é o ideal, e que salvará o país e que dará emprego ao país, e até que sem isto a língua Portuguesa morre e haverá um "Brasileiro". A variante Português-BR nunca poderia ser uma língua independente como "Brasileiro" só pelas alterações que fazem, não há esse perigo, teria de ser radicalmente mudada (nunca acontecerá) de propósito para o efeito. Não inventemos. A variante Português-BR nunca poderia ser considerada outra língua. E não deixem que pseudo-intelectuais nos tratem como burros só porque defendemos a língua. Tudo o que é chico-esperto e pessoal com manias irá para a defesa do acordo (existirão também pessoas decentes a defendê-lo é certo).

20. Nada impede que haja uma espécie de concordância mais simples em que digam apenas que incluímos palavras deles e nossas num dicionário universal mas SEM IMPOR regras a ninguém, e que no futuro cada um dos países só alterará a SUA PRÓPRIA variante com acordo dos outros, sem impingir aos outros essas mudanças, apenas para evitar que as mudanças no Brasil possam ir ainda mais longe e arruinar ainda mais o Português das restantes colónias. Nada impede isso.

21. Com o Português unido, qual será a bandeira oficial? Já vejo por todo o lado a bandeira do Brasil no Português, mas se tivesse a brasileira para Português-BR e a portuguesa para Português-PT, ainda era aceitável, apesar de sabermos que só há uma bandeira oficial que é a Portuguesa. Mas é difícil impedir o patriotismo brasileiro, e com tudo unido, haverá a tendência das empresas para adoptarem a bandeira do país que tem mais população, o Brasil. Mais valia termos variantes!

22. Cada vez que me lembro que por lá já escrevem quase todos "mais" em vez de "mas" (porque falam no fundo "mais" com o sotaque e eles têm a tendência de passar para a escrita a forma como falam), no futuro não será de admirar que nós sejamos em futuros acordos obrigados a escrever também: "eu fui lá, MAIS não vi ninguém"! É que, no Brasil, há a tendência do que se fala passar para a escrita, com o tempo... "Presidenta" já está nos dicionários, só falta transformarem um dia o "Presidente" em "Presidento"… era só o que faltava!... Já há muito tempo que o Brasil anda a adulterar a língua sem ninguém intervir e agora ALTERAM A NOSSA!

23. EXISTEM FORMAS DE TRAVAR ESTE ACORDO! Petições ou clicarmos num LIKE no Facebook não fazem nada. Há uma ILC em movimento que será entregue em breve, prazo final para impedir esta desgraça. É chato porque temos de imprimir um miserável papel e enviá-lo, porque é para a Assembleia, mas quem é que diz ser contra e fica sem agir? Se 20 pessoas assinarem, fica a 2 cêntimos cada o envio dessas assinaturas por correio. É só colocar num marco de correio! Houve uma ILC antes, e entrou na Assembleia, e anulou uma lei de Arquitectura. As ILC's podem ter esse poder. É uma forma do POVO LEGISLAR. Do povo criar leis e acabar com leis. O Governo fez isto sem apoio de ninguém e nós podemos tentar fazer algo para o corrigir. Quem é o Governo para legislar sobre a língua, ilegitimamente?

24. Há mil outras razões para dizer não ao acordo, mas... para quê? Estas não chegam?…

25. Para terminar fica uma frase de Edmund Burke: "Tudo o que é necessário fazer para que o mal triunfe, é que os homens bons nada façam. "Neste caso, tudo o que é necessário fazer para que o Acordo triunfe, é que NÓS continuemos à sombra da bananeira e deixarmos o tempo passar. Porque o Acordo foi aprovado e, se ninguém lutar contra ele, ele já cá anda.

Se estas razões forem suficientes para vocês, então vamos agir. Basta uma assinatura e as instruções estão no site acima.
Nada é garantido à partida, mas vamo-nos ficar sem dar luta??…
Se não quiserem assinar, por favor, enviem aos vossos contactos!

SOMOS PORTUGUESES. TEMOS O DIREITO E O DEVER DE MANTER A NOSSA LÍNGUA.

(texto recebido via e-mail)

quarta-feira, março 16, 2011

A alternativa

PS e PSD não constituem uma dicotomia, uma alternativa, uma verdadeira opção.

Nem Sócrates nem Passos, obrigado!
Pelo contrário. São um "bloco central" subordinado aos mesmos interesses. Uma "alternância" das mesmas receitas políticas. Farinha do mesmo saco. Um "PSD" com duas delegações: a da Rua de Santana à Lapa e a do Largo do Rato. Um pântano cuja alternativa não tem que ser o dilúvio do FMIcomo Sócrates nos pretende fazer crer — mas sim uma política que reparta os sacrifícios para ultrapassar o défice orçamental; e estimule a economia, combata o desemprego, promova a justiça social. Estarão os portugueses dispostos a exigi-la?

terça-feira, março 15, 2011

Cavaco está fora de prazo!

Importa que os jovens deste tempo se empenhem em missões e causas essenciais ao futuro do país com a mesma coragem, o mesmo desprendimento e a mesma determinação com que os jovens de há 50 anos assumiram a sua participação na guerra do Ultramar.
Esta inacreditável afirmação foi hoje proferida por Aníbal Cavaco Silva que, deve ter-se "esquecido" que, felizmente, a Guerra Colonial acabou há 36 anos e já vivemos há outros tantos numa democracia (mesmo que às vezes não pareça!).
Definitivamente, quem aponta como exemplo para os jovens de hoje um infausto acontecimento da nossa história, que não serviu os verdadeiros interesses do povo português e constituiu um atentado ao direito à autodeterminação e independência dos povos das ex-colónias, no qual a esmagadora maioria dos militares foi obrigada a participar, não tem estatura política para ser chefe de Estado de um país democrático. De resto, isto não chega a ser surpreendente, vindo de quem, em 1989, como Primeiro-ministro, foi capaz de atribuir uma pensão "por serviços excepcionais e relevantes" a dois inspectores da antiga PIDE/DGS (um dos quais envolvido no tiroteio da rua António Maria Cardoso que causou os únicos quatro mortos da Revolução de Abril) e a recusou ao capitão de Abril, Salgueiro Maia. É "apenas" absolutamente lamentável. E cheira a mofo que tresanda!
Cavaco está fora de prazo (se é que alguma vez não esteve…)!

Portugal não tem governo

Austeridade. Muita. Sempre mais. Redução nos salários, aumento "cego" dos impostos (mesmo sobre os produtos essenciais), cortes no abono de família e no subsídio de desemprego, agravamento das despesas com serviços de saúde e do preço dos medicamentos; e agora, entre outros "mimos", a redução ou congelamento das pensões.
Estamos em crise. Não fomos nós que a causámos mas somos nós a sofrer com ela. E a pagá-la. Com sangue, suor e lágrimas. Porque os governantes que facilitam a vidinha à sua clientela, aos agiotas e especuladores, aos administradores milionários, e (porque a sua "generosidade" não tem limites) aos jogadores de golfe, são os mesmos que, "corajosamente", esvaem a economia, nos arrancam a pele e nos tiram a vida. Poderão ser o governo de alguns, mas não são, seguramente, o governo da maioria dos portugueses. Nem de Portugal.

segunda-feira, março 14, 2011

É-me indiferente!

Não sei se ele se demite ou não. De resto, se houver eleições e a maioria votar como até aqui, é-me indiferente: continuaremos a ser (des)governados pelo PSD, restando apenas saber se será pelo PSD da Rua de Santana à Lapa ou pelo PSD do Largo do Rato?!…

domingo, março 13, 2011

Geração à Rasca — de quem é a culpa?

No blogue Assobio Rebelde, Geração à Rasca - A Nossa Culpa é o comentário de quem, de repente, viu a luz! Bem me parecia que a culpa não é da má aplicação dos fundos comunitários, nem da entrada de dinheiro aos montes, ao mesmo tempo que o PS e o PSD (aCDSzado, às vezes) iam liquidando a agricultura e a indústria. Nem se procure, sequer, culpa nas políticas que mataram a indústria naval, a metalomecânica e a têxtil e investiram tudo em 11 estádios de futebol e prédios por todo o lado. Culpados os boys do PS e do PSD que enxamearam o aparelho de Estado e as empresas públicas de primos e filhos e conhecidos ao longo de 30 anos? Nem pensar! Nem são culpados os banqueiros que colocaram nos governos e na administração pública os Dias Loureiros e os Armandos Varas e as Celestes Cardonas (PSD, PS e CDS sempre!) para que mais tarde fossem colher nos bancos os frutos cujas sementes roubaram ao Estado e adubaram de Leis e Portarias e Despachos. Os mesmos banqueiros que ofereceram ao povo pobre de cabeça, de um país salazarento e marcelento, créditos fantásticos para que os Belmiros e os Amorins e os Jerónimos Martins pudessem vender chocolates e máquinas de lavar e televisões panorâmicas que nos entram todos os dias pelos olhos em horas de anúncios televisivos. Mas a culpa de tudo não é deles. É nossa, diz este pândego! Nossa, e não do poder financeiro internacional que pega nas nossas poupanças e as joga nas Bolsas mundiais, que são os casinos dos muito ricos, e depois no-las devolvem carregadas de juros nas casas que compramos, nós que vivemos sempre "acima das nossas possibilidades" mas que pagamos até ao último tostão cada cêntimo que os governos enterram nos BPNs, na obras encomendadas às Mota-Engis dos Coelhones que foram convenientes ministros das obras públicas, e nas Lusopontes dos Ferreiras dos Amarais que foram ministros convenientes das obras públicas. Dinheiro nosso com que pagamos os chorudos salários dos Mexias, dos Pintos, dos Penedos e de todos os serviçais do PS, do PSD e do CDS que vivem com o dinheiro que nos faz viver no limite das nossas possibilidades e, até morrer, pagando a casa que comprámos com o nosso dinheiro e com o dinheiro que os nossos pais economizaram. Trabalhando. Bem me parecia que a culpa não é do Soares, nem do Cavaco, nem do Sampaio, nem do Barroso. Mais! A culpa é, em último caso, de quem quer ter um emprego com direitos, um sítio para morar, comida para dar aos filhos, educação sem ter de comprar explicações, férias uma vez por ano. Eu não tenho culpa nenhuma, ouviram? E acuso, pela minha “à rasquice”, os desgovernantes do PS, do PSD e do CDS! A CULPA é deles e daqueles que, tudo perdendo com o gesto, neles foram votando.

E depois da festa, pá?

"De não saber o que me espera
Tirei à sorte a minha guerra
[…]
Mas que maneira bicuda
De ir à guerra sem ajuda"

Sócrates vem agora dizer que, afinal, compreende as frustrações dos jovens, mas continua a insistir em esfolar-nos com novas medidas de austeridade. Já Passos Coelho reafirma que não as viabilizará e diz que não sabe se vai haver crise política, como se não estivesse "cheio de vontade de ir ao pote", ainda que, apesar de uma eventual mudança das moscas, no essencial, a merda continue a ser a mesma!…
Em crise continuará a "Geração à Rasca" e, pior ainda, um desgraçado país, em que mais de metade das famílias tem um rendimento que não chega sequer para satisfazer as suas necessidades básicas! Porque "a luta é alegria" (para muitos, também desespero, raiva ou mesmo sobrevivência), mas de nada servirá se não exigirmos políticas justas e não escolhermos quem as defenda e queira pôr em prática! Apesar da festa, que foi bonita, pá!…

sábado, março 12, 2011

Do purgatório não nos livramos!

Afinal, parece que desta vez o P"SD" se recusa a ser a muleta do governo e prepara-se para chumbar o novo PEC com que Sócrates nos quer esfolar vivos. Até parece que o que o ainda Primeiro-ministro quer é dar um pretexto a Cavaco para dissolver a Assembleia e convocar eleições! Que a acontecerem e darem a vitória à direita, não mudarão o essencial das políticas até aqui seguidas, valha a verdade. Com esta gente, que é farinha do mesmo saco, se não descermos aos infernos, do purgatório não nos livramos!
Seja como for, não deixa de ser uma triste ironia que um partido que se denomina socialista e se diz de esquerda seja capaz de governar ainda mais à direita que os partidos da própria direita!… Esse é, certamente, um dos maiores equívocos da democracia portuguesa, que apenas serve para confundir o eleitorado e manter o país num interminável pântano político.

sexta-feira, março 11, 2011

A descida aos infernos

O Governo, que se comporta como uma delegação de Angela Merkel, à revelia da Assembleia da República, dos parceiros sociais e dos portugueses (que seria suposto representar e defender), anunciou hoje mais do mesmo: um "novo" pacote de medidas de austeridade que, "corajosamente", vai fustigar as vítimas do costume (em especial os pensionistas e reformados!), mas, como é habitual, não toca nos interesses dos grandes grupos económico-financeiros, nas mais-valias dos especuladores bolsistas, nos ordenados e prémios milionários de administradores, na evasão fiscal.
Se alguém ingenuamente pensava que já tínhamos batido no fundo, enganou-se redondamente. Com esta política cega e suicidária, o Governo do P"S", seguramente com o apoio da Direita, "vai afundar o país ainda mais". Para a maioria dos portugueses, vai ser uma "descida aos infernos", sem regresso à vista.

quinta-feira, março 10, 2011

O partido quê?!…

No P"S", o socialismo, se alguma vez existiu, com Soares, foi metido na gaveta, e com Sócrates, enterrado.
 

Hoje, na discussão da moção de censura ao governo, Francisco Assis, num miserável mas bem representado exercício de pura demagogia, apontou o dedo à Direita mas acusou a Esquerda. Ou muito nos enganamos ou está ali o sucessor de José Sócrates!… E o P"S", de socialista apenas continuará a usar o nome. Abusivamente. Indevidamente.

"Benzina" precisa-se!

Está neste momento a decorrer na AR a apresentação da moção de censura do BE ao Governo. Que só peca por tardia, por antecipadamente se saber que o desastroso orçamento de 2011, aprovado pelo "bloco central" e apadrinhado por Cavaco Silva, iria lançar o país na recessão, agravar a sua dívida externa e desgraçar ainda mais as condições de vida da maioria dos portugueses.
Poder-se-á perguntar para que servirá uma moção que, sendo apenas apoiada pela Esquerda, não levará à demissão do Governo, nem sequer a uma mudança nas criminosas políticas anti-sociais que têm sido levadas a cabo?!… Mostrará definitivamente que o governo do P"S" é "a comissão liquidatária do Estado Social", o gestor político dos interesses dos grandes grupos económicos e financeiros e a muleta da Direita; governo cujo rumo este parlamento, sequestrado pela Direita, é incapaz de mudar.
"Este governo é uma nódoa e só sai com benzina", dizia Eça. É essa limpeza — não apenas deste governo mas de tudo o que ele representa e de todas as forças que o apoiam — que somos obrigados a fazer. Na rua. No dia 12, no dia 19, as vezes que foram necessárias. Pondo de lado o que nos divide, que é acessório... (pra não dizer "nada"), em prol do que nos une, que é tudo. E derrotarmos os que se opõem à construção de um Portugal justo e solidário. Porque resistir é viver.

segunda-feira, março 07, 2011

Não queremos um "país à rasca"!

O PCP e o BE far-se-ão representar na manifestação da "Geração À Rasca", no próximo dia 12. E é normal que assim seja.
Primeiro, porque, entre outros, os partidos também foram convidados pelos promotores do protesto. Depois, porque a Esquerda tem denunciado e combatido as políticas de direita que têm flagelado a juventude e transformado Portugal num "país à rasca". Finalmente, porque a democracia constrói-se com cidadãos politicamente conscientes e empenhados, mas não dispensa a existência de partidos políticos, sobretudo os que combatem por uma sociedade mais justa. Partidos a que somos livres de (não) pertencer.
Dia 12 de Março, a luta é de todos os que estão contra a continuação da política de desastre nacional, de todos os que não querem um "país à rasca".

domingo, março 06, 2011

Parabéns Partido Comunista Português!

90 anos de história na vida de um partido político é já de si um facto notável. Mas, quando esse partido foi capaz de resistir e estar sempre na primeira linha da resistência a uma longa e brutal ditadura de quase meio século, quando esse partido se empenhou intensamente na Revolução de Abril e na consagração constitucional das suas conquistas (que outros, infelizmente, têm vindo a destruir), quando esse partido conseguiu enfrentar a vingança da Direita, que devastou e incendiou as suas instalações no Verão Quente de 1975, quando esse partido conseguiu sobreviver à queda do Muro de Berlim, e à hecatombe da União Soviética e do movimento comunista internacional, quando esse partido continua a defender intransigentemente os interesses do povo português e de Portugal, esse partido só pode merecer o meu maior respeito e a minha mais profunda admiração. Mesmo que não seja seu militante. Mesmo que esteja muitas vezes em desacordo com as suas tácticas e a sua estratégia me mereça reservas.
Tinha razão o insuspeito coronel Melo Antunes quando, no rescaldo do 25 de Novembro, defendeu publicamente que "o PCP é um partido indispensável à consolidação da democracia em Portugal".
Parabéns, Partido Comunista Português!

sábado, março 05, 2011

País à rasca

Portugal é um país à rasca. Em consequência de uma governação e de um "bloco central" que outra coisa não têm feito senão pôr-se a jeito de agiotas sem escrúpulos e de especuladores insaciáveis, e prestar vassalagem aos donos de uma UE dos poderosos, sugando-nos o sangue e arrancando-nos a pele com medidas de austeridade enquanto deixam os grandes grupos económico-financeiros continuarem a engordar a seu bel-prazer.
Não são apenas os jovens — a chamada "geração à rasca" — as vítimas desta política. São todos os trabalhadores, os desempregados (em particular, os de idade mais avançada), os reformados e os idosos, os pequenos e médios empresários, e muitos outros. A pagar uma crise para a qual não contribuíram e que enriquece ainda mais os que a provocaram.
Por tudo isto, está (mais que) na hora de dizermos "basta!" a esta política e aos seus executores e apoiantes. Todos! "Cidadãos [jovens e menos jovens, partidários e apartidários], Associações, Movimentos Cívicos, Partidos, Organizações Não-Governamentais, Sindicatos, Grupos Artísticos, Recreativos e outras Colectividades".
No dia 12 de Março, lá estaremos, com a "Geração À Rasca". Por um país justo, solidário e verdadeiramente democrático.

sexta-feira, março 04, 2011

A União Europeia morreu

Fora de uma visita normal de Estado, José Sócrates foi a despacho a Berlim. De joelhos, explicou à chanceler porque deve Portugal ser poupado. Aos olhos do Mundo e da Europa, envergonhando todo o País, portou-se como ministro da senhora Angela Merkel.
Este é o estado a que a Europa se deixou chegar. Uma chefe de Governo de um dos 27 Estados porta-se como imperatriz de toda a Europa. Primeiros-ministros de Estados independentes pedem-lhe a bênção para os disparates que andam a fazer, a que ela, que defende apenas, como é evidente, os interesses do seu próprio povo, dá a sua bênção. Em nome de quem? Em nome de quê?
O que se passou na quarta-feira não foi apenas uma vergonha para Portugal. Foi uma vergonha para toda a Europa. Quando os países periféricos estão dependentes do programa político de uma líder a quem a Europa, como projeto, nada diz, percebemos que a União Europeia morreu.
[…] Mais tarde ou mais cedo seremos deixados na berma da estrada.

Excerto de O império de Merkel e os seus tristes vassalos, de Daniel Oliveira, Expresso

Esquerda volver!

Bloco de Esquerda e Louçã em forte queda e PCP a descer, nas sondagens (que não são propriamente a realidade mas talvez não devam ser, de todo, ignoradas).
Somos tão convictamente de Esquerda como apartidários. Estamos, por isso, à vontade para dizer que, apesar de não concordarmos com algumas tácticas do BE e algum sectarismo do PCP, nos entristece a sua "queda". Como triste é o divisionismo e o consequente enfraquecimento da Esquerda. E, mais triste ainda, a subida da Direita, também por culpa própria do "rebanho" (que, pela forma como tem votado, é objectivamente corresponsável pelo descalabro a que o país foi conduzido).

O bloco central

Francisco Assis diz que PS e PSD têm de se entender.


Mesmo que simulem uma "alternância" a que chamam "democrática" mas mais não é do que um verdadeiro "bloco central", há 36 anos que outra coisa não têm feito senão entender-se. Para nos desgraçar.