Os dois objectivos da política da Troika e do "governo" que a executa zelosamente são a redução do défice orçamental e a redução da dívida pública. A todo o custo.
Mesmo que para isso tenham de empurrar a economia para a recessão, levando milhares de empresas à falência e agravando imparavelmente o desemprego (que ultrapassa já 1 milhão e 300 mil desempregados).
Mesmo que para isso tenham de cortar salários e pensões, roubar subsídios, e cortar mais e sempre nas despesas em áreas fundamentais como a saúde, a educação e a segurança social.
Mesmo que para isso aumentem dramaticamente as contribuições e impostos e não percebam que, desse modo, liquidando a economia e a vida das pessoas, acabam por conseguir menos receitas fiscais.
Acontece, porém, que, com esta austeridade estúpida, com esta política irracional, o défice orçamental está, afinal, bem longe da meta inicialmente prevista (6,8% do PIB em vez de 4,5%) e a dívida pública sobe para cerca de 119% do PIB!
A juntar a este falhanço esperado, a Segurança Social, pela primeira vez em 11 anos, regista um défice de 694 milhões de euros!
É este o "bom caminho" de que o "governo" fala: o caminho do empobrecimento generalizado dos portugueses, o caminho da destruição do país, o caminho para o inferno.
De uma vez por todas: se queremos inverter este caminho e evitar a tragédia, temos de pôr fim a esta política e correr com os seus executores. Enquanto é tempo. Enquanto há força.