São os trabalhadores dos segmentos mais frágeis da população – operários e trabalhadores não qualificados, trabalhadores com mais baixo nível de escolaridade, jovens – que estão a ser mais afectados pelo desemprego e pela falta de protecção social.
É esta a herança da brilhante governação Sócrates.
Segundo as Estatísticas do Emprego do INE relativas ao 2º Trimestre de 2009, o desemprego em Portugal continuava a aumentar e tinha ultrapassado meio milhão, o que constitui um verdadeiro drama para centenas de milhares de famílias portuguesas que têm o trabalho como principal fonte de rendimento para viver. No entanto, o problema não está a afectar da mesma forma os diversos sectores sociais e económicos, encontrando-se os mais fragilizados numa situação particularmente insustentável.
A primeira conclusão a tirar é que, no último ano, verificou-se uma destruição líquida de emprego de mais de 150 mil, situação que, a continuar, fará com que, no lugar dos novos 150.000 empregos prometidos por Sócrates, tenhamos menos 150.000. Ou seja, a economia portuguesa não só não está a criar emprego para aqueles que entram de novo no mercado de trabalho, mas está também a destruir o emprego de muitos que o tinham.
Por outro lado, o desemprego não está atingir de forma igual os trabalhadores de diferentes níveis de escolaridade. No mesmo período, os trabalhadores com menor escolaridade foram as principais vítimas, entrando no desemprego cerca de 235 000, ao passo que o número de empregos dos trabalhadores com o ensino secundário aumentou em 48,9 mil, e o dos trabalhadores com formação superior subiu em 34,1 mil.
Outra conclusão a tirar é que, enquanto os "Operários, artífices e trabalhadores similares" registaram uma destruição líquida de 115 mil empregos, e os Trabalhadores não qualificados", mais de 90 mil, o emprego de "Quadros superiores" aumentou em 46,4 mil e o de "Especialistas das profissões cientificas e intelectuais" em 23,1 mil.
Os jovens (15 aos 34 anos) foram também duramente penalizados, com uma diminuição líquida do emprego que representa 73,5% do total.
Finalmente, constata-e que dos 635,2 mil desempregados efectivos, apenas 323,2 mil recebem subsídio de desemprego, o que corresponde a somente 51% do total.
Em resumo, são os trabalhadores dos segmentos mais frágeis da população – operários e trabalhadores não qualificados, trabalhadores com mais baixo nível de escolaridade, jovens – que estão a ser mais afectados pelo desemprego e pela falta de protecção social.
É esta a herança da
brilhante governação Sócrates. [adaptado
daqui]