Em Agosto de 2008, já a crise financeira internacional começava a ser preocupante e a ameaçar o crescimento e o emprego nas grandes economias e, pensando que uma economia frágil e dependente como a nossa poderia escapar ao dilúvio pelos intervalos da chuva, veio novamente com a promessa dos 150 000 novos postos de trabalho e, não satisfeito com tanta irresponsabilidade, apresentou um orçamento de tal modo irrealista que só durou um mês.
Enquanto isso, enterrou milhões na banca e a economia real, com a corda no pescoço, continua a produzir uma legião cada vez maior de desempregados.
Mas brevemente há eleições e, por isso, é necessário atenuar o desemprego, mesmo que de forma puramente estatística (como, de resto, tem sido feito com o insucesso escolar). Qual é o truque? Simples: 21 000 trabalhadores em formação e mais 40 000 estágios profissionais — não são 61 000 novos empregos, é certo, mas sempre são 61 000 desempregados a menos. Por agora. Quem vier depois que pague a factura.
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