Já tínhamos constatado, no terreno, que o pomposa e impropriamente chamado modelo de avaliação do desempenho dos docentes, concebido pelas delirantes cabeças do Ministério dito da Educação, mais não é do que um gigantesco labirinto burocrático, cujos objectivos, longe da contribuição para a melhoria do desempenho dos professores e a aprendizagem dos alunos, redundam sobretudo na redução das despesas públicas com a Educação, designadamente impedindo dois terços dos professores de atingirem o topo da carreira docente.
Esta conclusão empírica é agora suportada cientificamente pelo estudo "Individual Teacher Incentives, Student Achievement and Grade Inflation", de Pedro S. Martins, professor associado da Universidade de Londres, investigador do Instituto Superior Técnico e do Instituto para o Estudo do Trabalho de Bona, na Alemanha.
Afinal os professores têm definitivamente razão. Esta "avaliação" é prejudicial não apenas para quem ensina mas também para quem aprende. Num país a sério, os que a defendem e, a qualquer custo, a querem impor, deveriam responder por esse prejuízo.
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