Porém, sacudindo irresponsavelmente a água do seu capote e preferindo "perder os professores mas ganhar a população" (o que em termos eleitorais é mais "conveniente"), desde o início que o governo do P"S" transformou os professores em bodes expiatórios dos males da nossa educação.
Desde a divisão injusta da carreira docente (para a qual apenas foram tidos em consideração os últimos sete anos de serviço) em professores de primeira e professores de segunda, até a uma suposta avaliação de desempenho que, de tão burocrática, em nada contribui para a melhoria da formação dos professores e da aprendizagem dos seus alunos e, através da imposição inconstitucional de quotas para as menções mais elevadas, impede objectivamente mais de dois terços dos docentes de atingirem o topo da carreira, passando pelo seu quase total afastamento das estruturas directivas das escolas e a sua humilhante desautorização, que tem conduzido a um crescente e preocupante clima de indisciplina nas escolas, nunca a classe docente foi tão maltratada, aviltada, ofendida na história do ensino em Portugal.
É por tudo isto que, com ou sem crachás, os professores têm sobejas razões para recusarem o voto no Partido "Socialista" e em Sócrates. Acrescento até que essa recusa é um imperativo ético, uma questão de respeito por si próprios. Se verdadeiramente quiserem ser respeitados…
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