Alberto João Jardim tem uma propensão inata para a demagogia barata mas desta vez tem razão:
a sustentabilidade da economia exige a manutenção do emprego e, com ele, da procura interna, o que, para ser alcançado, mais do que a estafada receita da moderação ou até do congelamento salarial, o que exige é a redução dos lucros obscenos das grandes empresas — algumas em regime de monopólio e largamente participadas pelo Estado — e dos salários milionários dos seus gestores.
João Jardim falha apenas num decisivo aspecto: esquece que os problemas económicos (e já agora, sociais) não se resolvem com apelos mas antes com políticas esclarecidas e corajosas e um Estado capaz de as aplicar. O que, de todo, não está a acontecer.
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