- "Se a direcção do partido não dá um sinal da demarcação em relação à afirmação de um dirigente que diz que eu não tenho carácter, então […] tem que ir ganhar as eleições com quem fez essas declarações".
- "Não está na ordem do dia uma rotura" com o PS mas "uma clarificação de situações."
- "Temos boas relações pessoais [Alegre e Sócrates], apesar de termos concepções muito diferentes do que é a esquerda, do que é o PS".
- "Quando eu disse isso [que se houvesse listas de independentes para as legislativas," tal como as coisas estão neste momento, talvez me candidatasse"], "não disse que me candidatava contra o PS. Disse que me candidatava pela renovação da democracia e do próprio PS."
Das palavras de Alegre, conclui-se, portanto, que:
- Dificilmente abandonará o P"S" para constituir outro qualquer partido.
- O seu PS é (tem de ser) um partido de esquerda, com uma política de esquerda.
- O seu combate é pela recuperação da identidade de esquerda do PS, sem o qual a esquerda dificilmente será uma alternativa de poder e de governo.
A convergência da esquerda é fundamental, não apenas para si própria mas sobretudo para o país. Mas exige um diálogo aberto, sem dogmatismo e sem sectarismo, de todos os que dela se reclamam, quer sejam partidos ou cidadãos independentes.
É por esse objectivo que Alegre se tem batido. Resta saber se o conseguirá num PS fracturado entre a esquerda e a direita.
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