Julgava eu que o demagogo-mor do reino era Santana Lopes. Enganei-me. A campanha para as europeias tem mostrado até à saciedade que Vital o ultrapassa largamente, não apenas em demagogia, mas também na arte da provocação.
Assim sucedeu no 1.º de Maio quando, adoptando uma estratégia de vitimização, preferiu provocar os manifestantes da CGTP com a sua indesejada presença , em vez de, como seria natural, ir juntar-se aos correlegionários da UGT. Daí para cá tem sido um festival de aparentes contradições com Sócrates (e a sua canina maioria) que mais não visa senão a sua mediatização.
Com o desenrolar da campanha eleitoral para as europeias, a sua obsessão pela caça ao voto e pelos holofotes da comunicação social é de tal ordem que não hesita agora em colar o P"SD" à "roubalheira" do BPN.
Mas, desta vez, a língua viperina de Vital foi longe de mais, como aliás foi imediatamente reconhecido por socialistas que ainda primam por um certo decoro. Vejamos…
Embora o P"SD", quando foi governo, nada tenha propriamente feito para combater a corrupção, a verdade é que nos últimos quatros anos de governo-Sócrates ela tem vindo a aumentar.
Por outro lado, ainda que os "crimes" do BPN tenham envolvido "figuras gradas do PDS", com excepção de Dias Loureiro, nenhuma exercia funções políticas. De resto, a "roubalheira" só terá sido possível com a passividade e negligência do Banco de Portugal, governado desde 2000 por uma figura grada (e escandalosamente bem paga) do P"S", que goza obviamente da confiança política do Ministro das Finanças e do Primeiro-ministro.
E poderíamos ainda lembrar a forma abusiva como P"S" (e P"SD") se têm apoderado dos conselhos de administração das empresas do Estado e o alegado e não esclarecido envolvimento de Sócrates no estranho licenciamento do Freeport (e noutras minudências).
Sem falar nas Memórias de um PS desconhecido, do tempo do patriarca Soares.
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