Lopes da Mota, representante de Portugal no Eurojust e presidente desta instituição da União Europeia, criada em 2002 para aumentar a eficácia da investigação e acção judicial nos Estados-membros, terá feito exactamente o contrário no caso Freeport, ou seja, terá, alegadamente, pressionado os seus colegas encarregados da investigação no sentido de arquivarem o processo.
Perante a gravidade da denúncia, feita pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, e o mal-estar criado, o Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, acabou por ser obrigado a abrir, tarde e a más horas, um processo disciplinar ao presidente do Eurojust.
Entretanto, a PGR que, de imediato, deveria ter procedido à suspensão de funções de Lopes da Mota, ou até proposto a sua demissão ao governo, decidiu, em vez disso, excluir o Eurojust das diligências relacionadas com a investigação do caso Freeport.
O governo, escudado na sua obediente carneirada maioria, escusa-se, uma vez mais, a prestar contas à Assembleia.
Tudo em nome da "ética" e da "transparência".
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