Antes da crise global, a economia portuguesa já crescia muito abaixo da média europeia.
Depois, quando já era previsível o trambolhão que iríamos dar, em vez de prevenir os acontecimentos, o Governo tentou camuflar a situação com um orçamento tão irrealista que, passados quinze dias, estava desactualizado.
Agora, com mais de meio milhão de pessoas no desemprego e a respectiva taxa a caminhar para os 10 por cento, mais de dois milhões de trabalhadores precários, cerca de dois milhões de portugueses a viver abaixo do limiar da pobreza, a dívida pública a aproximar-se dos 90 por cento do PIB, o défice orçamental a regressar à casa dos 6 por cento, a que se acrescenta a eliminação de boa parte dos direitos sociais e laborais, a liquidação da agricultura e das pescas, o vergonhoso alastramento da corrupção e o aumento da criminalidade, não há propaganda nem manipulação de informação que possa esconder esta dramática situação em que a irresponsabilidade do Primeiro-ministro e da sua fiel maioria mergulharam o país.
É caso para insónias, sem dúvida, mas da maioria da população, que a cada dia tem mais dificuldades de sobreviver. Sócrates devia era sentir remorsos e vergonha. E tirar daí as devidas consequências…
Em pleno distrito de Setúbal acontecem coisas destas.http://blogue-do-ogre.blogspot.com/2009/05/regresso-das-fardas.html
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