O misterioso tabuleiro de xadrez que consta de uma alegada lista de prendas do empresário da construção civil, Américo Santo, afinal não estava na casa do porta-voz da Comissão Política do PS, Jorge Coelho.
E, para que não restem dúvidas, a Procuradoria-Geral da República emitiu uma nota em que afirma que a investigação levada a cabo "não assentou em suspeitas que pudessem existir, de ilícito criminal imputável ao sr. Jorge Coelho".
É verdade que em 1998 Jorge Coelho era ministro-adjunto de António Guterres e superintendia na Administração Pública do Executivo. É verdade que nesse ano o Estado português comprou o edifício onde funciona a Loja do Cidadão das Laranjeiras, em Lisboa, por um milhão e 36 mil contos, ao empresário Américo Santo. É igualmente verdade que uma resolução do Conselho de Ministros de então autorizou a referida transacção abdicando de concurso público. É ainda verdade que Coelho tem um escritório num dos prédios duma urbanização construída pelo referido empresário. Mas, obviamente, tudo isto são coincidências (serão?...). Tanto mais que Jorge Coelho jurou-nos que é um "cidadão impoluto e incorruptível".
Certo é que, com ou sem tabuleiro de xadrez, o intrincado jogo da corrupção não tem xeque-mate à vista!
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