segunda-feira, novembro 21, 2005

A indústria da guerra

Dezenas de indivíduos convergiram este verão na cidade de EL Paso, no Texas, com o objectivo de irem seis meses para as prisões iraquianas, não na condição de prisioneiros, mas como “especialistas” de interrogatório, no que representa mais uma flagrante violação da Convenção de Genebra. Só pela assinatura do contrato, estes mercenários receberam desde logo um cheque de $2.000 dólares de uma empresa que rapidamente se está a tornar num dos maiores empregadores no mundo da inteligência: Lockheed Martin, o maior grupo privado mundial, da indústria da guerra.


Antes da partida para o Iraque, é-lhes fornecido um saco do exército dos EUA com os artigos básicos utilizados na guerra do Médio Oriente: calças e camisas apropriadas, camuflados, capacetes de Kevlar e máscaras químicas. Após uma semana de orientação e de exames médicos, voam para a Florida e depois para os seus destinos finais — as infames prisões iraquianas, incluindo Abu Ghraib, Camp Cropper, uma prisão no aeroporto internacional de Bagdade, e o acampamento Whitehorse, perto de Nassiria. (Ler mais aqui).

Longe vão os tempos em que a guerra era um assunto de Estado.
Hoje é uma actividade altamente lucrativa onde os grandes grupos privados investem cada vez mais.

A destruição, o sofrimento, as mortes são apenas "danos colaterais"!…

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