quarta-feira, junho 29, 2011

Marx estava certo!

Apenas um ano decorrido sobre um primeiro resgate de 110 mil milhões de euros à Grécia que, se para alguma coisa serviu foi para endividar e empobrecer ainda mais os gregos, a UE (incluindo a Finlândia, que tantas reservas levantou em relação a Portugal) e os bancos franceses e alemães, perceberam finalmente que o problema grego também é um problema da Eurolândia e, muito provavelmente, do sistema capitalista. O que os governos e as instituições financeiras internacionais parecem ainda não ter percebido é que, enquanto não acabarem com as criminosas agências de rating e puserem os especuladores e mercados financeiros na ordem, avançar com um novo resgate de mais 110 mil milhões é pura e simplesmente tentar o impossível: apagar um incêndio com gasolina.


Bem pode o Parlamento grego ter aprovado mais austeridade (sempre mais e para os mesmos). Bem pode o FMI saudar a sua aprovação. Bem pode a Europa respirar de alívio. Bem podem os especuladores e os banqueiros esfregar as mãos de contentes com a subida das cotações. Os gregos continuarão a lutar desesperadamente pela sua sobrevivência. Outros se lhes seguirão. Talvez nós, quem sabe?!…
O casino capitalista, imoral e desumano, tem os dias contados, mais tarde ou mais cedo. A luta de classes está viva. Há quase 150 anos atrás, Marx estava certo!

terça-feira, junho 28, 2011

É para eles que governam!

Para os políticos, economistas e comentadores do regime, são sempre os trabalhadores os culpados da baixa competitividade das empresas portuguesas. "Esquecem" convenientemente que a produtividade não depende apenas do trabalho mas de outros factores. E a verdade é que, enquanto os salários são dos mais baixos da Europa, os ordenados e prémios dos gestores e administradores situam-se  muito acima da média europeia, o mesmo acontecendo com os custos energéticos e financeiros. Nem sequer é sério afirmar-se que a baixa produtividade se deve a um suposto défice de formação profissional: os nossos trabalhadores têm, apesar de tudo, uma escolaridade média superior à dos patrões e, quando emigram, provam ser tão produtivos como os seus colegas de outros países



Mas este é o discurso e a "verdade" do sistema. Por isso, desta vez, como não podem reduzir os já de si miseráveis salários, vão cortar drasticamente a famigerada taxa social única, corte que, para evitar um perigoso buraco na segurança social, será compensado com o agravamento do IVA (designadamente sobre muitos produtos essenciais). É mais fácil. Nos grandes interesses não tocam. É para eles que governam!
 

O regresso à escola do "Estado Novo"?…

O novo Ministro da Educação "lembra que primeiro é preciso saber os nomes das capitais e as linhas de caminho de ferro e só depois pensar. Sublinha que a política educativa deve servir para seleccionar e não para incluir. Diz ainda que em Portugal não há exames e que isso é uma pena porque a fazer exames aprende-se mais do que a estudar de forma calma e descontraída." Esquerda.Net


Nuno Crato quer ressuscitar a escola do "Estado Novo"!… Só falta mesmo pôr a malta a cantar o Hino da Mocidade Portuguesa!…