Mais uma resolução — a décima quarta — exigindo o fim do bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba, desde o início dos anos 60, foi aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, no passado dia 8.
Dos 191 países representados na Assembleia Geral, apenas quatro votaram contra a resolução (Estados Unidos, Israel, Palau e Ilhas Marshall), um absteve-se (Micronésia) e uma esmagadora maioria de 186 votaram favoravelmente, no que constituiu o resultado mais retumbante de quantos se verificaram até aqui.
A resolução agora aprovada condena também os efeitos extraterritoriais da lei Helms-Burton, promulgada em Março de 1996, que prevê castigos às empresas estrangeiras com negócios nos EUA que estabeleçam laços comerciais com Cuba, e proíbe a entrada nos "States" de directores dessas companhias.
Se os EUA fossem um pais, decente, democrático e respeitador do direito internacional e das decisões das Nações Unidas, há muito tinham acabado com esta vergonhosa e intolerável ingerência nos assuntos internos de um país soberano. Como assim não acontece, como há bem pouco tempo ficou provado com a invasão prepotente e ilegal do Iraque, receio bem que estejamos perante mais uma vitória meramente simbólica da comunidade internacional…
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