Segundo um relatório ontem publicado, apesar da crise económica mundial, o número de bilionários na China cresceu, em números oficiais, de 101 para 130, durante o ano passado, embora outras 100 pessoas, que mantêm as suas fortunas secretas, possam já fazer parte do grupo. Acima da China, encontra-se apenas, por enquanto, os Estados Unidos, com 359 bilionários.
A maior parte dos bilionários chineses construiu as suas riquezas na área da construção e das indústrias correlativas, lucrando com a multidão crescente de pessoas que troca o campo pela cidade, fenómeno que se prevê vá prolongar-se até 2025.
O relatório afirma ainda que, embora o país tenha abraçado o capitalismo, as ligações com o poder "comunista" ajudam na acumulação de riquezas. Um terço da lista dos mil homens mais ricos da China é integrante do partido único do regime.
Em suma, o século XXI veio demonstrar que o capitalismo e a criação de fortunas convivem perfeitamente com qualquer regime político — e nem é necessária que seja uma ditadura fascista, bastando apenas uma "democracia" liberal ou uma ditadura "comunista". É claro que a repartição da riqueza e a justiça social nunca estarão garantidas, mas também, quem é que é suficientemente ingénuo para acreditar que esse é um dos objectivos do capitalismo?
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