sexta-feira, novembro 14, 2008

Da desobediência civil

Em 8 de Março foram 100 000 — a maior manifestação de uma só classe profissional, no nosso país. 8 meses depois, o número subiu espantosamente para 120 000. Não reivindicam melhores salários ou quaisquer outras condições materiais. Querem apenas ser professores e ter tempo para realizarem a sua missão: ensinar e educar os seus alunos. Por isso se manifestam e lutam, corajosamente, contra uma política educativa que os desautoriza, humilha, ofende, através da imposição de um estatuto profissional aviltante, de uma divisão artificiosa da carreira docente, de uma avaliação de desempenho burocrática, perversa, desvirtuadora da essência da Escola. Por isso ousam desafiar o Poder e a irracionalidade da lei. Eles aprenderam com Ghandi que "quando alguém compreende que é contrário à sua dignidade de homem obedecer a leis injustas, nenhuma tirania pode escravizá-lo."

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