Se estas previsões se confirmarem — e infelizmente não se vislumbram razões que nos levem a pensar que será diferente — é forçoso concluir que:
- contrariamente ao que o Primeiro-ministro tem propagandeado, enfrentamos não apenas uma crise internacional, resultante da voracidade insaciável do neo-liberalismo capitalista, mas também a nossa própria crise, fruto de políticas que têm conduzido ao desmantelamento da produção nacional;
- a nossa crise não é meramente conjuntural e, como tal, não é imputável apenas ao governo de José Sócrates; trata-se de uma crise estrutural que se arrasta há mais de trinta anos;
- não se trata da crise do socialismo nem da social-democracia (que tão bons resultados deram e dão nos países nórdicos) mas antes "obra" de partidos que se autoproclamam socialistas e social-democratas, cujas políticas outra coisa não têm feito senão apoiar os grandes grupos financeiros, contribuir para o desmantelamento da produção nacional e, assim, levar ao enriquecimento cada vez maior duma minoria e ao empobrecimento dramático da maioria dos portugueses.
Sem comentários:
Enviar um comentário