quinta-feira, março 19, 2009

Abstinência papal, recomenda-se

Na sua visita ao continente mais afectado pela SIDA, a África, onde só a África sub-sariana regista 22 milhões de pessoas infectadas pelo vírus do HIV, correspondendo a 67 por cento da população mundial, o chefe da Igreja Católica, Joseph Ratzinger, recuperando o discurso do seu antecessor, Karol Wojtyła, condenou o uso do preservativo e defendeu a abstinência sexual no combate à terrível doença.
Apesar de, segundo a Organização Mundial de Saúde, 27 por cento dos centros de tratamento deste verdadeiro flagelo, em África, estarem ligados à Igreja Católica, a hierarquia do Vaticano opta por continuar cega e surda perante a realidade — neste caso, seria preferível estar muda, também — e, com as suas palavras insensatas, incentivar milhões de seres humanos ao suicídio.
Se, nesta matéria, alguém deveria praticar a abstinência verbal é Bento XVI.

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