Um estudo da docente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, Raquel Ribeiro, demonstra que a actual crise económica encontra eco nos jovens da classe média, entre os 19 e os 45 anos, que temem pelo nível de vida dos seus filhos num futuro próximo.
O aumento das desigualdades sociais e a consequente queda do nível de vida, aliadas à precariedade no emprego, a uma maior competitividade e a um acelerado ritmo profissional, constituem os grandes receios destes jovens.
A autora acrescenta que "o prolongamento da escolarização, a banalização dos diplomas e a precariedade laboral e afectiva vão possivelmente penalizar a independência e a abastança económica dos mais jovens[…]".
Pois é, toca a todos: aos proletas e à classe "média", que acabará também por ser proletarizada.
Como disse Marx, há 200 (!) anos, já todos compreendemos o mundo. O que importa agora é transformá-lo. Estaremos dispostos a isso?
Queixa das Almas Jovens Censuradas, Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades (1971), José Mário Branco
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