segunda-feira, dezembro 07, 2009

Quem é grande é imortal

Trinta e seis anos depois de ter sido assassinado no estádio Chile, onde foi submetido a cinco dias consecutivos de tortura, o cantautor chileno Victor Jara terá desde hoje até às dez horas do próximo sábado um velório simbólico na sede da fundação com o seu nome, na Praça Brasil, em Santiago do Chile. Sábado, depois de um vasto conjunto de iniciativas culturais com música e poesia, será feito o funeral para o cemitério Geral, onde os seus restos mortais foram exumados.
Vítor Jara foi detido a 11 de Setembro de 1973, horas depois de iniciado o golpe de Estado desencadeado por Augusto Pinochet contra o governo de unidade popular de Salvador Allende. Levado para o estádio onde passaram a ser concentrados os prisioneiros por falta de espaço nas prisões, o também dramaturgo foi submetido a várias sessões de tortura e acabou por ser assassinado.
Destacado militante comunista, Jara era um conhecido apoiante do presidente socialista Salvador Allende. A documentação revelada o ano passado pela justiça chilena demonstra que o cantor foi torturado, as suas mãos - com que tocava viola - esmagadas à coronhada e, finalmente, abatido a tiro. A investigação ao brutal assassínio deste símbolo internacional da resistência contra o regime de Pinochet decorria desde 2005. via Expresso



Yo no canto por cantar
ni por tener buena voz
canto porque la guitarra
tiene sentido y razon,
tiene corazon de tierra
y alas de palomita,
es como el agua bendita
santigua glorias y penas,
aqui se encajo mi canto
como dijera Violeta
guitarra trabajadora
con olor a primavera.

Que no es guitarra de ricos
ni cosa que se parezca
mi canto es de los andamios
para alcanzar las estrellas,
que el canto tiene sentido
cuando palpita en las venas
del que morira cantando
las verdades verdaderas,
no las lisonjas fugaces
ni las famas extranjeras
sino el canto de una alondra
hasta el fondo de la tierra.

Ahi donde llega todo
y donde todo comienza
canto que ha sido valiente
siempre sera cancion nueva.

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