Malalai Joya, jornalista afegã, escreve no Guardian:
"Depois de meses de espera, o presidente Obama está prestes a anunciar a nova estratégia dos EUA para o Afeganistão. O seu discurso é há muito aguardado, mas poucos esperam alguma surpresa: parece claro que ele vai anunciar a escalada da guerra. Ao fazê-lo, ele cometerá algo pior do que um erro. Será a continuação de um crime de guerra contra o sofrimento do povo do meu país."
É precisamente isso que vai acontecer. "A guerra é extremamente importante. O emprego e a economia são terrivelmente importantes. Portanto, esta pode ser uma sugestão audaciosa, mas gostaria de sugerir que puséssemos de lado, até ao próximo ano, o debate sobre cuidados de saúde, da mesma maneira que fizemos com o comércio e as alterações climáticas, e falássemos agora sobre o fundamental: a guerra e o dinheiro." Quem o afirma é o senador republicado Richard Lugar.
Mesmo sem Bush, os "superiores" interesses do complexo industrial-militar americano continuam em primeiro lugar. Obama já esqueceu as suas promessas eleitorais e, pior ainda, que lhe foi atribuído o Prémio Nobel da Paz.
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