Quando a esmola é muita o pobre desconfia. Foi isso que a Plataforma Sindical dos Professores não fez: desconfiar das promessas de Jorge Pedreira de que o ME estaria disponível para "regressar à mesa das negociações, sem condições", numa reunião "onde tudo [estaria] em cima da mesa", em troca da suspensão das greves regionais agendadas para a próxima semana.
Afinal, imediatamente a seguir, e como se nada se tivesse passado, o secretário de Estado, declarava, que “não há suspensão do processo de avaliação" e, pela calada da noite, a máquina de propaganda da 5 de Outubro voltava a atacar as caixas de correio electrónico dos professores, avisando-os que tudo continuava como dantes.
Há muito deveríamos saber que, com esta diabólica trindade do ME, escolhida a dedo pelo mentiroso-mor do actual governo, todos os cuidados são poucos.
Hoje, de manhã, o líder da Plataforma Sindical, veio declarar que nem lhe passa pela cabeça que o ministério não tenha usado de "seriedade e boa-fé", quando admitiu que a reunião do dia 15 de Dezembro teria uma "agenda aberta", incluindo, obviamente, a possibilidade de suspensão do actual modelo de avaliação, mas entretanto, a meio da tarde, através da televisão do governo, paga (também) pelos professores, o ex-sindicalista Pedreira, com pompa e circunstância, voltava a frisar, para esclarecer "equívocos", que “não haverá suspensão" da avaliação.
Não ficou sem resposta. Mário Nogueira, em conferência de imprensa, apelou ao Governo para a que aja com seriedade e cumpra o compromisso negocial. Dando espaço e exemplo para que se encontre uma solução negociada para o conflito. Mas deixando, simultaneamente, o aviso que, se não houver suspensão da avaliação, não haverá suspensão da luta.
Os professores estão em alerta máximo. "Se o Ministério da Educação quiser guerra, vai ter guerra"!…
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