"Era fácil de adivinhar o sucesso da greve, pois os agentes dominadores do sistema de ensino, os professores, já haviam demonstrado por inequívocas formas, muito especialmente pelas grandiosas manifestações de rua, que estavam envolvidos numa luta sem cedências."
[…]
"Em relação à avaliação dos professores, o modelo confronta-se com outras situações específicas. Primeiro, a consistência geral em conhecimentos e formação profissional que confere aos professores especial capacidade argumentativa, na defesa dos seus direitos, sejam eles devidos ou adquiridos, e lhes aumenta uma qualidade de resistência superior à de outros grupos socioprofissionais. Depois, os professores são no esquema do sistema de ensino uma parte principal e sem a qual o sistema não funciona. Têm na mão «a faca e o queijo».
"Por outro lado, o sistema geral de ensino tem sofrido reformas sobre reformas, mas os professores não têm sido intrometidos como «parte principal» dessas reformas e não têm merecido a atenção prioritária que deveriam ter. Os professores sentem-se como uma «classe» não tida na devida conta, socialmente desvalorizada. Basta ouvir os seus discursos e verificar como a sua grande maioria se sente «magoada».[…]. ler mais
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