Já há 10 meses atrás, aquando da campanha eleitoral para as eleições legislativas, a Esquerda não se cansava de alertar para as consequências do programa da 'troika'. Foi claramente explicado que a austeridade levaria à recessão económica, ao agravamento do desemprego, ao aumento da pobreza social, e impossibilitaria o pagamento de qualquer dívida. Mas a maioria dos portugueses não quis saber do alerta e votou nos partidos que assinaram o 'Pacto de Agressão' (PSD/ PS/CDS) ou absteve-se.
A verdade é que não faltou muito para que a realidade viesse demonstrar cruelmente a pertinência do aviso. A tal ponto que, finalmente, até o presidente da Eurolândia vem agora admitir que a receita está errada.
No entanto, apesar desta trágica evidência, no seu imperturbável autismo político, o ministro Vítor Gaspar insiste que "[…] foi muito importante […], após termos tido três exames regulares da ‘troika', ter os resultados de 2011 para mostrar que a estratégia por trás do programa de ajustamento está a resultar como previsto", pouco lhe importando se deixa para trás um rasto de destruição económica, desemprego e pobreza. E esclarece que "estamos a aproximar-nos do meio da ponte", uma ponte a ameaçar desmoronar-se, cuja teimosa e irresponsável travessia nos pode levar ao afogamento colectivo.
A verdade é que não faltou muito para que a realidade viesse demonstrar cruelmente a pertinência do aviso. A tal ponto que, finalmente, até o presidente da Eurolândia vem agora admitir que a receita está errada.
Augusto Cid, 2.º prémio PORTOCARTOON XI |
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