sábado, janeiro 15, 2011

O "candidato do povo"

O Presidente da República foi o principal promotor do entendimento entre os partidos do chamado "bloco central", P"S" e P"SD", para a aprovação do orçamento de 2011 que, entre outros mimos com que brinda a maioria dos portugueses, estabelece uma inédita e injusta redução dos salários dos funcionários públicos. Apesar disso, o candidato Cavaco Silva não cora de vergonha nem sequer pestaneja quando agora critica os cortes salariais que antes, implicitamente, apoiou.


Mas, à medida que a caça ao voto aumenta de frenesim, a hipocrisia de Cavaco parece não ter limites. Apesar de, enquanto Primeiro-ministro, ter desperdiçado dez anos com condições excepcionais e irrepetíveis para desenvolver o país e torná-lo mais justo, e, já como Presidente da República, ser co-responsável pelo estado de degradação económica e social a que a governação de José Sócrates nos conduziu, o professor Cavaco tem agora o desplante de se auto intitular "candidato do povo". Por mais que o evite, faz-me lembrar outro professor de má memória que, apesar da sua origem "popular", submeteu os portugueses a quase meio século de servidão, miséria e atraso.
Candidatos assim, seria bom que o povo os dispensasse de vez!

2 comentários:

  1. Mário Rui Rodrigues15/1/11 11:35

    Faz lembrar e bem. Digamos que, nesse aspecto, está a ter alguma coerência, embora não seja explicito, mas tanto quando se veio a saber agora, colaborou com a PIDE/DGS. Logo, dá para entender o que pretende.
    Esta campanha eleitoral fez-nos bem. Mesmo que o resultado seja decepcionante (espero que não), pelo menos ficámos a saber com algum pormenor, o vigarista e mafioso que tivemos (e ainda temos) na Presidência da Républica. Se ele ganhar, este pormenor, fará concerteza com que a luta continue e, desta vez com mais fervor e, se necessário com mais violência. Eu, por mim, não deixarei de o continuar a denunciar, mesmo após o dia 23/01/2011. Estas realidades, não servem só para afastar o povo. Também são úteis para unir. E...eu...por mim, cá estarei!

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  2. Nós também, Mário! Cá estaremos no nosso posto!
    Abraço solidário.

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