Assumindo uma pose majestática, o candidato Cavaco Silva voltou a distanciar-se da classe política, como se também ele não fosse político e, pior do que isso, como se não tivesse grossas responsabilidades nas dificuldades e na pobreza que afligem milhares, talvez milhões, de portugueses, ao ter adoptado uma 'cooperação estratégica' com Sócrates e promulgado todos os seus diplomas (orçamento incluído).
Cavaco roçou mesmo a hipocrisia ao apelar ao combate ao desemprego, à pobreza e à injustiça social, quando é um dos principais responsáveis pela difícil situação que a esmagadora maioria dos portugueses enfrenta e vai ter de enfrentar em 2011, graças às políticas que avalizou e ao devastador orçamento que acaba de promulgar.
Mais do que uma 'rainha de inglaterra' que mais não faz de que abençoar as malfeitorias com que a governança nos tem brindado, do que nós precisamos é de um Presidente da República que seja o primeiro defensor da justiça social e se assuma como contrapeso dos desmandos deste governo e daquele que porventura lhe vier a suceder. Seria bom que os portugueses pensassem nisto. E, em 23 de Janeiro, decidissem em conformidade.
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