Acabámos de celebrar a passagem de ano e de formular votos de próspero ano novo mas, infelizmente, isso não altera a realidade. 2011 pode vir a ser, um ano verdadeiramente caótico, flagelado por uma sucessão de choques financeiros, monetários, políticos, económicos e sociais.
O sistema mundial está esgotado. Tem-se revelado e revela-se, por isso, incapaz de responder às grandes catástrofes. A subida em espiral dos preços dos bens alimentares e da energia, com profundas consequências sociais e políticas na Tunísia e no Egipto, confirma-o.
Perante um cenário de crise sistémica, generaliza-se a incapacidade das grandes potências e da comunidade internacional para controlar a situação. A liderança dos EUA não passa já duma ficção, a União Europeia não tem a energia nem a visão necessárias para ter peso nos acontecimentos mundiais, e a China e a Rússia mostram-se, para já, incapazes de assumir o controlo de todo ou parte do sistema internacional e a sua única acção limita-se a minar discretamente o que resta dos alicerces da (des)ordem actual.
Três anos de crise colocaram as sociedades à beira da rotura económica e social. Dezenas de milhões de americanos oscilam entre a pobreza sofrida e a raiva contra o sistema. Os cidadãos europeus, encurralados entre o desemprego e o desmantelamento do Estado-providência, começam a recusar-se a pagar a factura. Mas, também no seio das potências emergentes, a transição violenta que a crise constitui conduz as sociedades para situações de rotura.
Perante a conjugação destas três dramáticas realidades, 2011 pode tornar-se um ano impiedoso, em particular para os que optaram por não aprender as difíceis lições dos três anos de crise que o precederam. Mas também o lento e, infelizmente, violento virar de página de um sistema à beira da falência. cf. Crise sistémica global
O sistema mundial está esgotado. Tem-se revelado e revela-se, por isso, incapaz de responder às grandes catástrofes. A subida em espiral dos preços dos bens alimentares e da energia, com profundas consequências sociais e políticas na Tunísia e no Egipto, confirma-o.
Perante um cenário de crise sistémica, generaliza-se a incapacidade das grandes potências e da comunidade internacional para controlar a situação. A liderança dos EUA não passa já duma ficção, a União Europeia não tem a energia nem a visão necessárias para ter peso nos acontecimentos mundiais, e a China e a Rússia mostram-se, para já, incapazes de assumir o controlo de todo ou parte do sistema internacional e a sua única acção limita-se a minar discretamente o que resta dos alicerces da (des)ordem actual.
Três anos de crise colocaram as sociedades à beira da rotura económica e social. Dezenas de milhões de americanos oscilam entre a pobreza sofrida e a raiva contra o sistema. Os cidadãos europeus, encurralados entre o desemprego e o desmantelamento do Estado-providência, começam a recusar-se a pagar a factura. Mas, também no seio das potências emergentes, a transição violenta que a crise constitui conduz as sociedades para situações de rotura.
Perante a conjugação destas três dramáticas realidades, 2011 pode tornar-se um ano impiedoso, em particular para os que optaram por não aprender as difíceis lições dos três anos de crise que o precederam. Mas também o lento e, infelizmente, violento virar de página de um sistema à beira da falência. cf. Crise sistémica global
Sem comentários:
Enviar um comentário