Alegadamente em nome da luta contra o terrorismo, o Parlamento Europeu autorizou já o acesso dos americanos às transferências bancárias e dados de viagens dos cidadãos europeus. Agora, José Sócrates, num acto da mais reles sabujice e vergonhosa traição nacional, acordou franquear-lhes os dados do Arquivo de Identificação Civil e Criminal português (mesmo antes do parecer da Comissão Nacional de Protecção de Dados), faltando apenas a ratificação da Assembleia da República.
Esta decisão, grave, em qualquer circunstância, por constituir um miserável ataque à soberania nacional, é ética e politicamente intolerável por se tratar de mais uma humilhante cedência a um estado que, durante a sua curta existência, causou milhões de vítimas por toda a parte em invasões, guerras e actos de autêntico terrorismo de massa e que, por isso mesmo, não tem qualquer legitimidade para se arvorar em polícia do mundo.
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