quinta-feira, abril 15, 2010

O Programa de Empobrecimento Colectivo (PEC)

O Programa de Empobrecimento Colectivo (PEC) e o bloqueio económico e político – primeiro, o orçamento, agora o PEC. Haverá quem ainda não tenha percebido que há muitos anos estamos em processo de empobrecimento, agora acelerado, a caminho do genocídio?

Excelente trabalho sobre o PEC e as suas consequências catastróficas para a economia e a sociedade portuguesas, cujo original pode ser lido aqui, e do qual nos limitamos a transcrever o último ponto, revelador da falta de escrúpulos e integridade moral da maioria dos políticos portugueses.

As mordomias da classe política


Este assunto é o grande tabu da política portuguesa, a sua grande face oculta. Não consta do OE; não contribui para a suavização dos sacrifícios impostos à plebe; não é referido pelos media, embora estes andem sempre em entrevistas com os mandarins, tomando nota de todas as suas futilidades, evasivas e mentiras. E o PEC não os toca.
  • Quantos mandarins, reformados como tal e com menos de 65 anos estão activos, recebendo, em acumulação proveitos do exercício de funções públicas?
  • Como os mandarins se mostram – na conversa – muitos sensíveis com as dificuldades dos pobres, porque não acabam com as escandalosas reformas dos titulares de cargos políticos ao fim de 12 anos? Os deputados até, votaram em Julho de 2008, (v. "Erradicação da pobreza por lei?") uma proposta do PS, que torna os responsáveis por situações de pobreza violadores de direitos humanos! Sócrates e Cª. que tal a cadeia?
  • E as ajudas de custo, a utilização privada de veículos do Estado, as compras de carros de luxo que não param, não constituem gasto público? A Jaime Gama faria bem uma dieta.
  • Não seria de congelar também as subvenções públicas aos partidos parlamentares ao nível de 2009? E acabar com as isenções de impostos de que beneficiam?
  • Os gabinetes ministeriais onde pululam bandos de elegantes jotinhas não poderão ser reduzidos? Para mais, não evitam a contratação de consultores externos para tudo e para nada; e nem sequer foram capazes de elaborar o PEC a partir das orientações da Comissão Europeia.
Mesmo relativamente às pessoas com quem trabalham, os mandarins consideram-se como uma casta de novos brâmanes, com direitos especiais. Segue-se uma revelação pitoresca.
Na AR existe um restaurante para deputados onde não podem entrar livremente outras pessoas, se não por convite de uma eminência. Para funcionários da AR, assessores e até polícias existe um refeitório, frequentado também pelos deputados do BE, do PCP e dos Verdes, por opção. Há, portanto uma postura elitista e racista de quem montou esta discriminação, acatada gostosamente por toda a direita, PS/PSD e CDS.

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