A directora-geral do FMI afirmou ontem, na conferência de imprensa anual conjunta da organização e do Banco Mundial, em Washington, que Portugal tem “uma dificuldade particular”, que é “a visão do Tribunal Constitucional sobre o que é ou não constitucional”.
“Concentrar o esforço de ajustamento no início do processo e a consolidação orçamental não é necessariamente o mais apropriado em todo o lado e é por isso que, no caso de Portugal tal como no caso da Grécia, dissemos que era preciso mais tempo, para proteger áreas que geram crescimento e criação de emprego”, afirmou ainda Christine Lagarde.
Apesar da contradição entre o primeiro e o segundo parágrafo, o que estas declarações de Lagarde afinal provam é que:
1. Mesmo no quadro do denominado "Programa de Assistência Financeira", contrariamente ao que Passos Coelho propagandeia, existe alternativa à austeridade cega e furiosa que empobrece as famílias, destrói a economia e não resolve os problemas do défice e da dívida, existe outro caminho: "mais tempo, para proteger áreas que geram crescimento e criação de emprego”.
2. A "dificuldade particular" de Portugal é, portanto, a austeridade do fundamentalismo neo-liberal, e não o Tribunal Constitucional que, enquanto pilar do Estado, esperamos que continue a defender intransigentemente a Constituição e a soberania nacional, postas sistematicamente em causa pelo Governo com a complacência do Presidente da República.
Há outro(s) caminhos(s), sempre o soubemos. Curioso é ser o próprio FMI a admiti-lo!
“Concentrar o esforço de ajustamento no início do processo e a consolidação orçamental não é necessariamente o mais apropriado em todo o lado e é por isso que, no caso de Portugal tal como no caso da Grécia, dissemos que era preciso mais tempo, para proteger áreas que geram crescimento e criação de emprego”, afirmou ainda Christine Lagarde.
Apesar da contradição entre o primeiro e o segundo parágrafo, o que estas declarações de Lagarde afinal provam é que:
1. Mesmo no quadro do denominado "Programa de Assistência Financeira", contrariamente ao que Passos Coelho propagandeia, existe alternativa à austeridade cega e furiosa que empobrece as famílias, destrói a economia e não resolve os problemas do défice e da dívida, existe outro caminho: "mais tempo, para proteger áreas que geram crescimento e criação de emprego”.
2. A "dificuldade particular" de Portugal é, portanto, a austeridade do fundamentalismo neo-liberal, e não o Tribunal Constitucional que, enquanto pilar do Estado, esperamos que continue a defender intransigentemente a Constituição e a soberania nacional, postas sistematicamente em causa pelo Governo com a complacência do Presidente da República.
Há outro(s) caminhos(s), sempre o soubemos. Curioso é ser o próprio FMI a admiti-lo!