Com as modernas tecnologias, designadamente a informática e a internet,
as transacções nas bolsas de valores acontecem ao segundo. Em vez de
esperarem pelos juros e dividendos, os especuladores apostam na obtenção
imediata de mais-valias, tentando comprar os títulos em baixa e (muitas
vezes no mesmo dia ou na mesma hora) vendê-los em alta, como se de um
gigantesco casino se tratasse e não de uma economia real da qual
dependem biliões de seres humanos. As consequências desta selva
financeira são conhecidas e dramáticas: a falência de empresas, que
lança para o desemprego milhões de trabalhadores, e a escalada das
dívidas soberanas (ou mesmo bancarrota) dos países economicamente mais
frágeis, que conduz à proletarização e empobrecimento da esmagadora
maioria da sua população.
Tudo seria bem melhor e mais fácil se acabassem com esta louca roleta ao segundo e o mercado secundário de capitais funcionasse apenas em seis ou doze sessões por ano. E os governos, em nome do interesse colectivo, bem podiam fazê-lo. Mas não o farão, porque embora sejam 'eleitos' pelos cidadãos, estão subordinados aos grandes interesses financeiros privados.
Resta a luta da humanidade pelo fim deste sistema imoral e insustentável. Ou a sua inevitável implosão. Mas até lá muitos milhões de seres humanos ainda pagarão com a vida. Desgraçadamente.
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