Há cento e trinta anos, na "pessoa" de Fradique Mendes", Eça de Queirós caracterizava o povo português "pela morosa paciência de boi manso, pela alegria idílica que lhe poetiza o trabalho, pela calma aquiescência com que depois da vassalagem ao Senhor Rei venera o Senhor Governo." Com a ironia e a verve de enorme escritor, mas seguramente com a tristeza de grande português.
Mais tarde, Salazar percebeu-o perfeitamente quando afirmou que "somos um povo de brandos costumes" e que "aqui, para governar, um safanão a tempo é quanto basta". Lamentavelmente tinha razão: conseguiu submeter o "boi" a uma pesada canga de 48 anos!
Talvez não espante, por isso, que o português, suave e resignado como sempre, pareça continuar a aceitar e até a "aprovar" (como as sondagens, aqui e aqui, aparentemente confirmam), as malfeitorias e iniquidades de que está a ser vítima!…
(Com o devido respeito e solidariedade com a minoria que sempre se inconformou, resistiu, lutou — muitas vezes pagando-o com a prisão ou a vida — e continua hoje a fazê-lo.)
Mais tarde, Salazar percebeu-o perfeitamente quando afirmou que "somos um povo de brandos costumes" e que "aqui, para governar, um safanão a tempo é quanto basta". Lamentavelmente tinha razão: conseguiu submeter o "boi" a uma pesada canga de 48 anos!
Talvez não espante, por isso, que o português, suave e resignado como sempre, pareça continuar a aceitar e até a "aprovar" (como as sondagens, aqui e aqui, aparentemente confirmam), as malfeitorias e iniquidades de que está a ser vítima!…
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