Quando uma mente brilhante da administração pública portuguesa decidiu fechar a Maternidade de Elvas e determinar que futuros portugueses da região nascessem para lá da fronteira não lhe terá passado pela cabeça que, mais dia, menos dia, o Hospital de Badajoz iria apresentar a conta.
Não seria tanto porque entre Portugal e Espanha reinasse algum nacional-porreirismo mas porque em Portugal se faziam contas ao dia: fecha, risca no Orçamento, depois se verá mas, em princípio, não há crise. Acontece que agora o Hospital de Badajoz enviou mesmo a fatura: são 2 milhões e trezentos mil euros. E é assim, parcela em cima de parcela, que Portugal precisa de 20 por cento do PIB só para pagar juros e dívida.
E não é que o poder político — seja qual for a coloração — não tenha sido avisado dos efeitos da política do "rapa, tira, corta e fecha": sofrimento para as populações, desemprego e endividamento do País. Desde o fecho da Maternidade de Elvas tem nascido um bebé português por dia na cidade de Badajoz. É mais caro, enfraquece-se o SNS e agride-se o direito elementar que cada família portuguesa tem de ver nascer os seus filhos em Portugal. Apenas se consegue iludir um problema de caixa. Até que um dia, o credor apresenta a fatura.
Por falar disso, preparem-se: um dia destes, os serviços de Saúde da Galiza apresentam a conta das urgências de doentes portugueses no centro de atendimento em Tui. Ou um alcaide da raia envia a conta dos funerais dos portugueses mandados morrer longe por razões de contabilidade.
A tempo: chega-me a notícia, do jornal espanhol "as", que a seleção portuguesa de futebol é a que vai pagar preços mais elevados de hotelaria no Europeu deste ano: 33.174 euros por dia. Espanha é a que menos paga: 4.700 euros. Em Portugal, a ordem é rica.
Não seria tanto porque entre Portugal e Espanha reinasse algum nacional-porreirismo mas porque em Portugal se faziam contas ao dia: fecha, risca no Orçamento, depois se verá mas, em princípio, não há crise. Acontece que agora o Hospital de Badajoz enviou mesmo a fatura: são 2 milhões e trezentos mil euros. E é assim, parcela em cima de parcela, que Portugal precisa de 20 por cento do PIB só para pagar juros e dívida.
E não é que o poder político — seja qual for a coloração — não tenha sido avisado dos efeitos da política do "rapa, tira, corta e fecha": sofrimento para as populações, desemprego e endividamento do País. Desde o fecho da Maternidade de Elvas tem nascido um bebé português por dia na cidade de Badajoz. É mais caro, enfraquece-se o SNS e agride-se o direito elementar que cada família portuguesa tem de ver nascer os seus filhos em Portugal. Apenas se consegue iludir um problema de caixa. Até que um dia, o credor apresenta a fatura.
Por falar disso, preparem-se: um dia destes, os serviços de Saúde da Galiza apresentam a conta das urgências de doentes portugueses no centro de atendimento em Tui. Ou um alcaide da raia envia a conta dos funerais dos portugueses mandados morrer longe por razões de contabilidade.
A tempo: chega-me a notícia, do jornal espanhol "as", que a seleção portuguesa de futebol é a que vai pagar preços mais elevados de hotelaria no Europeu deste ano: 33.174 euros por dia. Espanha é a que menos paga: 4.700 euros. Em Portugal, a ordem é rica.
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