A reestruturação supõe a diferenciação dos vários contratos de dívida assumidos pelo Estado e modificar o seu prazo, a sua quantidade ou, inclusivamente, cancelar uma parcela ou a sua totalidade. É isto, precisamente, que está a ser reclamado pelos movimentos de esquerda."
"A reestruturação […] supõe a realização de uma auditoria prévia da totalidade da dívida, controlada pelas cidadãs e cidadãos. Trata-se de determinar que parte da dívida é ilegal, imoral ou directamente insustentável."
"[…] seria recomendável que a reestruturação fizesse parte de um plano mais amplo e que, além disso, estivesse coordenado, pelo menos, pelos países que dele têm mais necessidade. Estes países são periféricos, como Portugal, Grécia ou Espanha. O desejável, ainda assim, seria uma auditoria a nível europeu.
O plano mais amplo deveria incluir, […] a nacionalização das entidades financeiras e a construção de um novo sistema europeu sancionatório que puna especialmente as rendas parasitárias do capital e as grandes fortunas, além de servir para reverter a tendência para desigualdade na distribuição de receitas entre capital e trabalho. Também seriam necessárias medidas correctivas dos desequilíbrios europeus (como apontado pelo relatório da Research on Money and Finance) e da altíssima dívida privada. (original aqui)
Era isto (tudo) que ontem deveria ter sido decidido. Era isto (tudo) que deveria ser feito. Se fossem outras a União Europeia e as suas políticas, se fossem outros os seus dirigentes. Em vez disso, prevaleceu o "princípio da austeridade": baixaram os juros do resgate e prolongaram o prazo de maturação do empréstimo, mas, contas feitas, iremos pagar o mesmo. Nós, as vítimas do costume, para que banqueiros e especuladores enriqueçam sempre mais.
De uma forma ou de outra querem fritar-nos: se não for em fogo alto, será em lume brando!
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