Manuel Alegre gostaria que o PS tivesse governado de outra maneira, à esquerda. Na educação, no trabalho (cujo Código acha imperioso rever), na Justiça, na função pública, na relação com os sindicatos, na afirmação do primado da política e na urgência de libertar o Estado de interesses que o condicionam. Mas tal não aconteceu.
Apesar de afirmar ser preciso que os socialistas acordem urgentemente do seu torpor e que dentro do PS haja uma mudança não só de estilo, mas de pessoas e de políticas, no seu íntimo, ele não acreditará que isso seja possível neste P"S" alienado pelo culto da personalidade e anestesiado pelo pensamento único e a subserviência.
Por isso, ao fim de 34 anos como deputado, decidiu não concorrer às legislativas pelo seu partido de sempre.
E fez muito bem. Dá um sinal claro de que é imprescindível criar pontes que aproximem as esquerdas. Para que um país maioritariamente de esquerda não acabe uma vez mais a ser governado pela direita.
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