quinta-feira, janeiro 26, 2006

O país da desigualdade

Apesar da crise económica, o capital financeiro vai de vento em popa, em Portugal. A título de exemplo, em 2005, os lucros deverão ter atingido um crescimento de 40% no BPI, 30,2% no Banco Bilbao Viscaya y Argentaria e 24,2% no Millennium bcp.
Já para os trabalhadores, com aumentos salariais na média dos 2,5% e uma inflação a rondar o mesmo valor, o momento é de estagnação ou mesmo de agravamento do nível de vida.
Não é, por isso, de estranhar que, segundo o Eurostat, organismo de estatísticas da União Europeia, Portugal seja, dentro da UE, o país onde os 20% mais ricos estão mais distantes dos 20% mais pobres, ou seja, os primeiros detêm 7,4 vezes mais riqueza do que os segundos, quando o mesmo rácio é de apenas 2,9 na Dinamarca, que aparece no primeiro lugar.
Os neo-liberais não se cansam de apregoar que para se repartir a riqueza é preciso criá-la. No entanto, como aqui se verifica, com o neo-liberalismo, o que acontece é que a riqueza criada é cada vez mais apropriada pelos mais ricos, enquanto os mais pobres são obrigados a sobreviver como podem!

2 comentários:

  1. Tem toda a razão caro Maio, mas não fique apenas pela denuncia, contribua também com algumas ideias de accao para este dificil combate. Algumas notas
    1. Grande parte do vol. neg. destas emp. já não'é gerado em Portugal
    2. Não confundir, nem comparar tx. cresc. lucros com aum. salariais. É um erro.
    3. Comparar Portugal com os paises nordicos tb n é muito justo. É que eles ja estão noutro campeonato, aliás, já desde o inicio do sec. XIX.
    Ab.

    ResponderEliminar
  2. Best regards from NY! » »

    ResponderEliminar