terça-feira, março 25, 2008

É urgente apagar o incêndio!

O Procurador-Geral da República está contra a violência e o “sentimento de impunidade” nas escolas e pede autoridade para os professores.
É, sem dúvida, a sua obrigação, mas merece o nosso aplauso. Sobretudo quando o actual Governo, que devia estar na primeira linha desse combate, é o principal responsável pelo agravamento da situação, através da aprovação de um Estatuto do Aluno indulgente e desculpabilizador e da sistemática desautorização e humilhação da classe docente.

Esta não é certamente a solução de fundo para o problema, mas tem de se apagar o incêndio, que lavra de forma mais generalizada do que alguns pensam. Depois, bem, depois são precisas novas políticas económicas, sociais e culturais, que rompam definitivamente o ciclo vicioso em que estamos mergulhados há cerca de trinta anos, para o qual temos contribuído com as nossas escolhas eleitorais.
A democracia portuguesa precisa urgentemente de uma limpeza mas temos de ser nós a levá-la a cabo. Ninguém o fará por nós!

2 comentários:

  1. Existem profissionais que precisam ter características dos heróis para exercerem as suas profissões. Têm ter muito espírito de sacrifício, muita abnegação, entrega e grande disponibilidade, coragem para enfrentar no dia a dia as adversidades que lhes são criadas por quem deveria garantir dignificação e segurança.
    Os professores de Portugal são destes profissionais heróis que lutam numa guerra instigada estrategicamente por incompetentes, quase sempre as reformas são feitas nos gabinetes dos “generais” sem a contribuição competente dos que estão no terreno.
    Exige-se que os professores sejam dignificados e respeitados por todos, a começar pelos dirigentes de Portugal que deveriam dar o exemplo.

    A minha gratidão e solidariedade
    Carlos Rebola

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  2. Obrigado Carlos

    Em nome dos professores, mas também dos estudantes e, ao fim e ao cabo, de todos nós.
    É que, embora sejam os professores os primeiros a sentir na pele a desautorização e humilhação de que têm sido vítimas por parte do Ministério da Educação, as consequências desta atitude atingirão também os jovens e as famílias, e minarão, mais tarde ou mais cedo, os alicerces da nossa sociedade.
    É tempo de exigirmos, todos, novas políticas. De Educação e não só. Em nome do presente e do futuro a que temos direito.

    Maio

    PS - Passei no seu "Ferroada". Gostei. Ambiente/ Gândara/ Carlos de Oliveira, é uma tríade que também perfilho.

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