O Carolina Michaëlis, que já teve o belo nome de liceu, não serve os miúdos do bairro do Aleixo, no Porto. Não, aquele vídeo não mostra gente com desculpas fáceis, vindas do piorio. Pela localização daquela escola, quem para lá vai vive às voltas da Boavista e os pais têm jantes de liga leve sem precisar de as gamar. Os pais da miúda histérica que agride a professora de francês estarão nessa média. Os pais do miúdo besta que filma a cena, também. Tudo isso nos remete para a questão tão badalada das avaliações. Claro que não me permito avaliar a citada professora. A essa senhora só posso agradecer a coragem. E pedir-lhe perdão por a mandar para os cornos desses pequenos cobardolas sem lhe dar as condições de preencher a sua nobre profissão. Já avaliar os referidos pais, posso: pelo visto, e apesar das jantes de liga leve, valem pouco. O vídeo mostrou-o. É que se ele foi filmado numa sala de aula, o que mostrou foi a sala de jantar daqueles miúdos.
É bem necessária.
ResponderEliminarBom texto do Ferreira Fernandes. Desta vez acertou na "mouche". estes papás precisavam de voltar à escola.
ResponderEliminarFerreira Fernandes tem razão... excepto na parte em que desresponsabiliza a professora. Aquilo também era a sala de jantar da professora.Todos nós mostramos as nossas salas da jantar, não há excepções.
ResponderEliminarFernanda Correia
Cara Fernanda Correia
ResponderEliminarDesculpe discordar do seu ponto de vista mas FF não não se permitiu sequer avaliar a professora porque percebeu claramente que lidar com uma selvajaria deste calibre numa sala de aula
é um acto de coragem, tanto mais de louvar quanto se está absolutamente só e, ainda por cima, incapacitado de pedir auxílio.
Não vale a pena dividir as responsabilidades por quem as não teve. Se houve ( e houve) responsáveis e réus nesta vergonha (a palavra não é excessiva) só podem ser os jovens que nela participaram e os pais, que fracassaram na educação que (não) lhe deram. E, se quiser, pode ainda acrescentar algumas das políticas educativas implementadas pelos "crânios" que têm passado pelo Ministério da Educação (mas isso já seria outra discussão…).
Volte sempre.
Ao ARISTIDES DUARTE:
ResponderEliminarPois é meu amigo, mais do que ter assento nos órgãos da Escola, os papás tugas precisam mesmo é de… Escola!
De resto, as estatísticas não mentem: por exemplo, enquanto na Europa desenvolvida, 60-70% da população activa tem pelo menos o 12.º ano de escolaridade, em Portugal ficamo-nos pelos… 25%!
As consequências (a todos os níveis) estão à vista…
Abraço