sexta-feira, março 28, 2008

"Quo vadis" Escola Pública?

Portugal é um dos países da OCDE com maior défice em matéria de Educação. A alfabetização de adultos está ainda longe dos valores de referência. A população activa regista um dos piores níveis de escolaridade. O abandono escolar e a iliteracia são preocupantes.
A democratização da Escola, se é certo que garantiu o acesso generalizado da população ao ensino a que muito justamente tem direito, não lhe assegurou, por outro lado, os níveis de formação e educação característicos de qualquer sociedade desenvolvida.
Este falhanço ficou, em grande parte, a dever-se a uma Educação centrada no conceito de aprendizagem como actividade essencialmente lúdica, sempre impregnada de indulgentes teses psico-pedagógicas, levando os alunos a crer que os objectivos poderiam ser alcançados sem exigência e esforço. A verdade é que, apesar deste governo continuar a apostar no facilitismo e no sucesso escolar a qualquer preço, por este caminho, talvez subamos um pouco o nosso lugar nas estatísticas, mas não elevaremos o nível da nossa formação e educação.
Se a tudo isto juntarmos a crise de autoridade — não confundir com autoritarismo… — instalada em muitas das nossas escolas, a que não é alheia uma política que não concede verdadeira autonomia nem meios aos órgãos de gestão, desacredita e menoriza os professores e, para cúmulo, é tolerante e permissiva com os maus comportamentos dos alunos, estão criadas as condições para se chegar onde se chegou: uma escola que não existe (passe o exagero da afirmação de Fátima Bonifácio, ontem à noite, no debate da SIC Notícias)!
E, na verdade, uma Escola que castiga de tal forma que mais parece estar a premiar, uma Escola que não é capaz de se solidarizar com um seu elemento vítima de agressão… não existe!
Resta ao ofendido esperar que a Justiça do Estado de Direito funcione!…

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. olá

    Já conheço o teu blog faz muito tempo... :)

    "Cantar aqueles que partiram
    é dar força á LIBERDADE
    As flores vermelhas que os cobriram
    tornam alegra a saudade

    Por isso os que não ficaram
    nem calados, nem cativos
    em Maio, não nos deixaram
    pois para nós, são activos

    De pé, de pé ó companheiro!"


    ( não perguntes porque é que me apeteceu vir aqui cantar isto... :)
    Apenas APETECEU!

    felizmente que os subterrâneos da blogosfera, permitem estes prazeres...

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  3. esqueceste uma coisinha no "vozes"... assim não vale! :)

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