A obsessiva redução do défice orçamental foi conseguida à custa das mesmas receitas de sempre — corte nas despesas públicas com a educação, a saúde, a segurança social, congelamento de salários e despedimentos na função pública, agravamento da carga fiscal — que, não só não relançaram a economia, como acabaram por originar uma das maiores crises sociais dos últimos trinta anos, com cerca de dois milhões de portugueses a (sobre)viver abaixo do limiar da pobreza, ao mesmo tempo que uma minoria enriquece escandalosamente como jamais se viu.
Deste modo, o primeiro-ministro, dando largas à sua "generosidade", começa por baixar a taxa do IVA de 21 para 20 por cento. E explica que é uma medida prudente e responsável […] face à incerteza que ainda se vive na economia internacional. Porém, como haverá eleições em 2009, acena já com mais uma "estrondosa" redução de 1% para essa altura, se a economia portuguesa evoluir favoravelmente. E podem crer que isso acontecerá. Pelo menos no discurso de Sócrates. É que, como dizia o Botas, na política, o que parece é!
Nota final
E, já agora, ainda estamos para ver se esta descida do IVA, que há muito devia ter acontecido, se traduzirá numa baixa dos preços para o consumidor ou num aumento dos lucros das empresas?!… Fiscalização é preciso!…
Sem comentários:
Enviar um comentário