O relatório da OCDE sobre a qualidade de vida em 36 países (os 30 membros da organização, mais a Indonésia, a China, a Índia, a África do Sul e, pela primeira vez, o Brasil e a Rússia) revela que existe em Portugal um fosso considerável entre ricos e pobres e que os portugueses são dos menos satisfeitos com a vida.
Esta é uma negra realidade que só pode ser surpreendente para os mais desatentos ou ingénuos e não é fruto das consequências da actual crise do capitalismo (as quais, obviamente, atingem também os restantes países). É uma espécie de fatalismo, de maldição, de pobreza congénita, que vem dos tempos de servidão da ditadura, que julgávamos definitivamente ultrapassados, e que, em 30 anos de democracia, a governação da Direita e do PS, através de uma pseudo-alternância ou de um bloco central, nunca quis/ conseguiu erradicar, desperdiçando todas as oportunidades e queimando todas as etapas para desenvolver e tornar Portugal um país progressivo e socialmente justo.
Dizer, portanto, que a qualidade de vida dos portugueses está abaixo da média é puro eufemismo. A qualidade de vida dos portugueses está abaixo de cão!
Dizer, portanto, que a qualidade de vida dos portugueses está abaixo da média é puro eufemismo. A qualidade de vida dos portugueses está abaixo de cão!
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