sexta-feira, maio 20, 2011

Quando o povo acorda é sempre cedo

O ataque cerrado ao euro, eufemisticamente designado por "nervosismo dos mercados", não cessa, graças à acção concertada dos especuladores financeiros e das suas agências de "notação" (que, por estranha coincidência, são todas do país do dólar!).
Não admira, por isso, que o risco de incumprimento de pagamento da dívida e a consequente probabilidade de bancarrota de Portugal esteja a aumentar de dia para dia, ainda antes da aplicação da receita do FMI/Comissão Europeia!
Não admira, por isso, que sejam já os próprios responsáveis europeus a admitir aquilo que o BE e o PCP desde sempre têm vindo a defender: a renegociação/restruturação imediata de uma dívida, que nunca poderemos pagar com as condições que o FMI e a Comissão Europeia do senhor Barroso nos querem impor, e que PS/PSD/CDS aceitam sem pestanejar.
O que nos admira e entristece é que a maioria dos portugueses não entenda o descalabro que está a acontecer, de forma tão vertiginosa, e continue a vitoriar Sócrates, Coelho e Portas como se tudo isto mais não fosse do que um carnaval!… Talvez um destes dias acordem e descubram que afinal a situação é mesmo grave e é a própria Europa que corre o risco de implodir! Talvez um destes dias acordem e descubram que afinal a revolução já anda nas ruas! "Quando o povo acorda é sempre cedo", escreveu Ary dos Santos. Esperemos que continue a ter razão.

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