Já os gestores com salários milionários, os titulares de reformas douradas e os especuladores que se divertem no casino da Bolsa e enviam os seus lucros e mais-valias para os paraísos fiscais, podem descansar que o fisco vai continuar a deixá-los à vontade.
Tudo isto para acalmar os mercados financeiros e reduzir drasticamente o défice orçamental, dizem. E o que é que ganhamos em troca? Nada. Ou pior: a estagnação da economia, o aumento do desemprego, o agravamento brutal das condições de vida. E daqui a quatro ou cinco meses, o mais certo é voltarmos a ter a União Europeia, a OCDE, o FMI, os especuladores internacionais, a rosnar à nossa volta, sedentos de mais sangue.
Decididamente, temos de encontrar outro caminho. Urgentemente. Porque este leva-nos ao suicídio colectivo.
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