segunda-feira, abril 22, 2013

A implosão da austeridade

O falhanço da política de austeridade na consolidação orçamental, na diminuição da dívida e, mais importante, na economia e na vida das pessoas, mais do que previsível, era certo. Já nas legislativas de 2011, BE e PCP (e muitos cidadãos) não se cansaram de chamar a atenção para essa inevitabilidade. Por isso não assinaram o memorando da troika.
Mas aquilo que para a esmagadora maioria sempre foi uma trágica evidência, foi agora cientificamente demonstrado: o modelo teórico que suportava a austeridade não passa de um fiasco, de um erro de graves consequências!


Porém, como afirma Krugman, os verdadeiros responsáveis pela tragédia em que estamos mergulhados, mais do que os economistas que criaram aquele modelo impossível, são os decisores políticos que, na sua obsessão ideológica pela austeridade, o aceitaram e puseram em prática sem o questionar, utilisando-o antes como capa para a sua criminosa actuação. 
Finalmente, ao fim de mais de três anos a lavrarem num erro empiricamente compreensível e visível a olho nu, a Comissão Europeia e a Alemanha, começam a reconhecer a impossibilidade da política de austeridade. Devagar, devagarinho, para diluírem as responsabilidades e salvarem a face. De gente sem escrúpulos e sem vergonha. 
Só faltava, no fim desta implosão europeia da austeridade, continuarmos nós a ser triturados por ela! Passos e Gaspar são suficientemente crentes e mais papistas que o papa para isso!…

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