terça-feira, fevereiro 03, 2009

Os fora-da-lei

Os 21 dias da ofensiva israelita contra Gaza, destinada a pôr fim ao disparo de “rockets” contra o seu território, saldou-se na morte de 1300 palestinianos, na sua maioria civis, entre eles centenas de crianças. Entre as acções mais contestadas está o ataque contra uma escola gerida pelas Nações Unidas, em Jabaliya, que provocou a morte de 40 civis que ali estavam refugiados. A Amnistia Internacional acusou também Israel de ter lançado bombas de fósforo branco, cujo uso é proibido em zonas com “concentrações de civis”.
Entretanto,
o procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI) fez saber que está a proceder a um “exame preliminar” das queixas relativas a crimes de guerra cometidos por Israel na Faixa de Gaza, [mas] faz questão de sublinhar que “este exame preliminar não significa que vai ser aberto um inquérito”.
Perante tamanha e evidente monstruosidade, o senhor procurador-geral do TPI pensa… pensa… pensa… e nada me admiraria que decidisse mesmo não abrir inquérito. Sobretudo porque o alegado criminoso não é um estado qualquer. É Israel, que, tal como os Estados Unidos da América e a China (todos bons rapazes!), não é signatário do Tratado de Roma, que instituiu o TPI.
Enfim, como já se tinha comprovado com a invasão do Iraque, o Direito Internacional e o TPI não são como o sol, que quando nasce, é para todos!

1 comentário:

  1. Anónimo8/2/09 16:33

    Israel e os EUAN têm abusado da posição de força há décadas, e a comunidade internacinal assiste coim timidos protestos ao massacre dos palestinos. Felizmente o povo da Palestina tem sabido resisitir e persistir na via da luta revolucionária para libertação nacional.

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